Maranhão da Gente
A audiência ocorreu no Ministério da Justiça e reuniu
representantes do governo do Estado e de entidades que atuam na área de
Direitos Humanos
Do site da SMDH
Representantes dos governos federal e do
Maranhão reuniram-se ontem com as entidades de direitos humanos que
denunciaram a crise no sistema penitenciário maranhense à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos
(CIDH/OEA). O encontro aconteceu na Sala de Retratos do Ministério da
Justiça (MJ), em Brasília/DF.
Participaram da reunião representantes
dos Ministérios da Justiça (MJ) e das Relações Exteriores (MRE),
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR),
Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil –
Seccional Maranhão (CDH-OAB/MA), Sociedade Maranhense de Direitos
Humanos (SMDH) , Justiça Global e Conectas Direitos Humanos. O governo
do Maranhão foi representado pelos secretários de Estado de Justiça e
Administração Penitenciária Sebastião Uchoa, de Segurança Pública
Aluízio Mendes e de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania
Luiza Oliveira, além de Camila Neves, assessora da governadora para
assuntos penitenciários.
Clarice Calixto, do Ministério da
Justiça, e Camila Neves apresentaram uma linha do tempo, das ações
realizadas e pretendidas pelos governos para a superação da crise e para
a resposta que o Estado brasileiro precisa dar à CIDH/OEA semana que
vem, quando o prazo se esgota.
Luís Antônio Câmara Pedrosa
(CDH-OAB/MA), Joisiane Gamba (SMDH), Rafael Custódio (Conectas) e
Eduardo Baker (Justiça Global) apresentaram um painel da crise no
sistema penitenciário, reafirmando a necessidade de ações urgentes para
conter a crise, superando o histórico de tortura, maus tratos e
violência, com garantia de direitos humanos.
Após críticas pelas peticionárias da
falta de participação da sociedade civil no processo de monitoramento da
questão penitenciária, o governo maranhense concordou em permitir o
acesso de entidades de direitos humanos a locais de privação de
liberdade sem a necessidade de aviso prévio, observando-se algumas
regras de segurança, como preveem tratados internacionais de que o
Brasil é signatário.
O governo maranhense também ficou de
ampliar a participação da sociedade civil em um comitê que monitora a
crise no sistema penitenciário do estado no âmbito da Sedihc.
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