segunda-feira, 24 de julho de 2017

Entrega de patrulhas agrícolas ajuda a reduzir incêndios florestais no Maranhão



Além de desenvolver a agricultura familiar, as patrulhas agrícolas que vêm sendo entregues pelo Governo do Maranhão têm ajudado na prevenção de focos de incêndio florestal no estado. As patrulhas fazem parte dos kits agrícolas. Desde 2015, já foram entregues aproximadamente 1.500 desses kits – que também incluem equipamentos de irrigação, caminhões frigoríficos e poços artesianos.
As patrulhas facilitam serviços como a subsolagem, gradagem, aração, plantio e ensilagem, com impacto direto na redução de queimadas ilegais, antes usadas na limpeza de terrenos para cultivo de plantações ou formação de pasto.
O comandante do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) do Maranhão, coronel Célio Roberto, conta que, pela primeira vez em muitos anos, o estado teve o número de focos de incêndios reduzidos e que as patrulhas tiveram uma participação importante nesse índice. No primeiro trimestre deste ano, a queda foi de 64% nas queimadas

“Com as patrulhas doadas pelo Governo do Estado ajudando no serviço do campo e o nosso trabalho de conscientização funcionando, conseguimos reduzir os focos e ter a compreensão de que existem outras formas de limpar o solo para o próximo plantio que não seja ateando fogo”, afirma.
“Os agricultores entendem a gravidade de uma queimada fora do controle quando acontece o pior, quando tem impacto em sua propriedade, mas muitas vezes esquecem que isso pode resultar em perda de vidas também. É aí que entra a conscientização e o grande apoio das patrulhas”, conta o comandante do CBM.
Mais equipamentos
Desde 2015, a gestão Flávio Dino entrega equipamentos que incentivem a produção local. Por meio de convênio com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), foram distribuídas cerca de 70 patrulhas agrícolas, beneficiando diretamente agricultores e associações.
Desse total, 17 foram entregues pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF). “A entrega, somada a outras ações que impulsionam a agricultura familiar, revela a preocupação da gestão em aumentar a autonomia do homem e da mulher do campo, ao mesmo tempo que melhora o desenvolvimento econômico dos municípios e diminui as queimadas para a produção agrícola”, diz o secretário Adelmo Soares.
O Governo do Estado, por meio da SAF, está adquirindo ainda este ano mais 20 patrulhas com implementos agrícolas.  Outro equipamento que favorece a diminuição das queimadas é o triturador de capoeira. Com ele, os agricultores podem evitar os impactos negativos das queimadas no meio ambiente, ampliar a flexibilidade do período de plantio e melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo.
“A grande novidade é que o governo Flávio Dino vai incorporar esse equipamento nas patrulhas mecanizadas, e os agricultores familiares vão passar a demandar o uso do equipamento”, acrescenta Adelmo Soares. Atualmente, já foram entregues dois trituradores: um na comunidade do MST em Itapecuru-Mirim, e, o outro, para os agricultores em Turiaçu.
Malefícios das queimadas ~
Reconhecida por órgãos nacionais como umas das técnicas que mais causam danos ao meio ambiente, as queimadas não autorizadas pelos órgãos responsáveis são consideras crimes ambientais, segundo o artigo 250, do Código Penal. Entre as consequências desse crime estão reclusão, de no mínimo três anos, e pagamento de multa.
Queimada controlada
A queima controlada consiste em manejar o fogo nas áreas previamente estabelecidas, prevenindo a ocorrência de incêndios. O primeiro passo é ter a autorização junto a órgãos estaduais de controle, munido de CPF, identidade, título da propriedade e autorização de desmatamento. Os produtores que solicitaram a autorização de queima terão suporte gratuito do Corpo de Bombeiros e de secretarias estaduais.
Após autorização, devem ser seguidas orientações como:
– Comunicar aos vizinhos o dia da queima;
– Notificar os órgãos responsáveis sobre o dia e horário da queima;
– Estudar as características do terreno (declividade, tamanho da área a ser queimada, teor de umidade do solo);
– Fazer aceiros (devem medir no mínimo 3 m);
– Verificar clima e horário (força e direção do vento, temperatura);
– Instruir e preparar o pessoal que vai fazer a queima;

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