terça-feira, 1 de agosto de 2017

Weverton Rocha admite vitória de Temer em votação na Câmara Federal

O líder do PDT na Câmara Federal, deputado Weverton Rocha, admitiu que a oposição não terá força suficiente para aprovar a admissibilidade da denúncia de corrupção contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), na votação marcada para a sessão desta quarta-feira (2). O pedetista não escondeu que já entregou os pontos em entrevista concedida ontem ao programa Ponto e Vírgula, da Rádio Difusora FM, apresentado pelo jornalista Itevaldo Júnior e pelos radialistas Marcelo Minard e Paulo Negrão.
Weverton Rocha  deixou claro que já entregou os pontos e que trabalha tão somente para desgastar os colegas que manifestarem apoio a Michel Temer na votação de amanhã. Tanto que, como líder de bancada, disse que vai propor, em almoço marcado para hoje com as demais lideranças partidárias, que os parlamentares que votarão pela aceitação da denúncia só registrem presença em plenário depois que o quórum de 342 do total de 513 deputados federais necessário para livrar o presidente da denúncia já tenha sido alcançado e devidamente exibido no painel eletrônico da Casa.
Entende Weverton Rocha que essa é uma forma de separar “o joio do trigo”, ou seja, de colocar do lado dos bons os políticos que defendem a abertura do processo contra Temer, com base na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), e do lado dos maus os que derem voto favorável ao presidente. Detalhe: a sessão será transmitida ao vivo pelas principais emissoras de TV, rádio e pela internet, o que dará ampla visibilidade aos posicionamentos dos dois lados.
Acusação
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa Temer de corrupção passiva com base em gravações e na delação dos donos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS. O empresário Joesley Batista gravou uma conversa com o presidente, em março, no Palácio do Jaburu, que gerou a denúncia. O presidente nega ter cometido ilegalidades e sua defesa deve repetir os argumentos apresentados à CCJ de que não há provas e que a denúncia se baseia em ilações dos procuradores.
Pela lógica de Weverton, os parlamentares que declararem voto contra Michel Temer levarão vantagem nas urnas na eleição do ano que vem. O pedetista ampara seu raciocínio no alto índice de reprovação popular do presidente, hoje na casa dos 94%.
Faz todo sentido o pensamento do líder do PDT. Mas vai depender da memória do povo e do desempenho do presidente até o fim do mandato, caso ele escape da cassação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário