O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Licenciatura em Estudos Africanos e Afro-brasileiros, celebraram, na quarta-feira (4), a assinatura de um Termo de Cooperação Técnico-Científica que tem por objetivos discutir políticas antirracistas na sociedade, além de promover a igualdade racial no Maranhão. O Termo de Cooperação foi assinado pelo secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, representando o governador Flávio Dino, e pela pró-reitora de Ensino da UFMA, Dourivan Câmara, representando a reitora Nair Portela.
Com a parceria, o Governo do Maranhão investirá cerca de R$ 350 mil que possibilitará a realização de um trabalho de campo na cidade de Praia, capital de Cabo Verde, no continente africano, por uma delegação maranhense com 204 integrantes – entre discentes, docentes e técnicos-administrativos. Essa incursão está prevista para 2018 e durante o trabalho de campo serão oportunizadas a socialização e a produção do conhecimento em uma perspectiva interdisciplinar com os educadores que atuam nos Cursos de Graduação em Estudos Africanos.
Como contrapartida, a UFMA promoverá a formação de 500 professores, gestores públicos da Política de Promoção da Igualdade Racial do Estado do Maranhão, que futuramente serão responsáveis pelo processo de formação continuada presencial e à distância para professores e gestores da educação básica de todas as etapas e modalidades de ensino e de gestores públicos da Política de Promoção da Igualdade Racial do Estado do Maranhão, além da efetiva e relevante contribuição para a elaboração e execução de projetos e ações educativas sobre a História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas estaduais do Maranhão.
O secretário Felipe Camarão destacou o esforço do Governo do Maranhão que, na contramão do que faz o governo federal, está investindo na educação, abrindo universidades e criando oportunidades para que os jovens maranhenses possam ter acesso a uma formação de qualidade. Ele também enfatizou a importância desse convênio que permitirá a realização de um projeto pioneiro no Brasil.
“Esse ano, pela primeira vez na história da Secretaria de Educação, teve formação voltada para os professores de educação quilombola. Também será a primeira vez que iremos realizar uma formação em estudos africanos para a rede estadual. Cumprindo uma determinação legal que já existe há anos, mas, isso nunca tinha sido feito. Mostrando que o governador Flávio Dino segue a linha inversa da crise que assombra o país e corta investimentos”, pontuou Felipe Camarão.
“O convênio vai possibilitar aos alunos uma experiência de formação diferenciada, pois vão conhecer no próprio local a cultura do povo africano. Além da sua autoformação, os alunos também vão contribuir para a formação de outros professores e colegas. Isso é muito importante para a nossa universidade”, disse Dourivan Câmara.
A professora Kátia Régis, coordenadora da Licenciatura em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, falou da idealização do projeto. “A ideia surgiu coletivamente como uma meta desde o início da licenciatura, pioneira no país. Elaboramos o projeto e conversamos com a nossa reitora Nair Portela, que apoiou a nossa iniciativa de forma imediata. Esse convênio é histórico”, disse a coordenadora.
A assinatura do convênio contou com a participação do secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, e de diversos pesquisadores e professores da Universidade Federal do Maranhão.
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