terça-feira, 28 de novembro de 2017

Candidatura de Rosena Sarney ao governo do estado é uma fábula

Quem tem um curriculum como esse, não pode nem pensar em candidatura para síndico de prédio. É lamentável que ainda existem pessoas incautas que acham que a ex-governadora Roseana Sarney tem moral para pretender mais uma vez ser governadora do nosso pobre estado. É cada vez mais evidente que não existe nem uma possibilidade dela chegar onde pretende. Nós não merecemos essa fábula, assim como o Flamengo não merece mais  que o goleiro Muralha seja o goleiro titular na Sulamericana. Apesar de erros e acertos o governo Flávio Dino vai tentando de todas as formas melhorar a vida do povo pobre do Maranhão. Todos nós entendemos que a conjuntura politica não é das melhores, com uma crise econômica violenta, uma crise política que já dura anos, protagonizada por Aécio Neves em conjunto com o governo golpista de Temer & Cia. Nesse caso veremos um pequeno relato da vida da ex-governadora Roseana Sarney: começando pelo Caso  da Fábrica do Rosário.
Em 13 de dezembro de 1996, o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, inaugurou em Rosário uma fábrica da camisas em plena operação, fruto de uma parceria entre o governo do Maranhão e a empresa Kao-I Indústria e Comércio de Confecções Ltda., representada pelo brasileiro naturalizado Chhai Kwo Chheng, nascido em Taiwan.[25]
O protocolo de intenções assinado por Chheng e por Roseana Sarney, prometia 4.300 empregos, investimentos de 15 milhões de reais e produção anual de 15 milhões de camisas, sete milhões delas já no primeiro ano.[25] Associados à empresa, 90 grupos comunitários, cada um com 40 integrantes, obtiveram 4 milhões de reais do Banco Mundial, além de um empréstimo de 3 milhões de reais do Banco do Nordeste do Brasil.[25] Boa parte desse dinheiro foi para comprar 2500 máquinas de costura industriais de uma empresa do próprio Chheng, a Yamacon Nordeste.[25] Para viabilizar a compra os presidentes e tesoureiros de cada um dos 90 grupos assinaram cheques em branco para o empresário e sua equipe.[25]

Em 1998 a fábrica estava em precárias condições de operação, com pendências judiciais e uma legião de cooperativados cheios de dívidas.[25] O empresário Chengg foi denunciado pelo ministério público e o governo estadual rompeu o protocolo de intenções. O caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça, com o ministro Edson Vidigal, nomeado ministro pelo amigo e então presidente José Sarney, apesar disso Vidigal não se declarou impedido.[25]
Até hoje, a fábrica existe (mas caindo aos pedaços), e os ex-trabalhadores têm dívidas que ultrapassam mais de R$ 100 mil.

Caso LunusEditar

Em 2002, ao ser envolvida em escândalo de corrupção com a empresa Lunus Participações, da qual é sócia, com a descoberta de R$ 1 340 000 não-declarados, e o marido, Jorge Murad, apresentando sete versões diferentes sobre a origem do dinheiro levou a perda de pontos nas pesquisas e posterior desistência da candidatura.[26]

As investigações ainda apontaram que a Lunus mantinha sociedade oculta com uma empresa que teria desviado até 15 milhões de reais num projeto agrícola financiado pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).[27] O escritório também mantinha em arquivo papéis referentes à obra da Usimar Componentes Automotivos, um projeto que previa o gasto de 1,38 bilhão de reais na construção de uma fábrica de produção de peças para automóveis.[27] Este projeto teve a ajuda de Jorge Murad nos bastidores e foi aprovado em 1999 pelo conselho deliberativo da Sudam, então presidido por Roseana e custaria pelo menos dez vezes mais que uma fábrica de autopeças semelhante.[27]
O caso levou ao rompimento nacional da aliança PFL-PSDB no governo federal.[26] Ela e José Sarney passaram, então, a apoiar o candidato presidencial Lula (que seria eleito no mesmo ano), gesto interpretado por muitos políticos e a imprensa de oportunista e duramente criticado como responsável por ter mantido a Família Sarney por mais oito anos no comando do Maranhão.

Contas no exterior

Em 15 de agosto, o jornal O Estado de S. Paulo publica documentos (que estão nos arquivos do extinto Banco Santos), mostrando que a governadora e o seu marido, Jorge Murad, simularam um empréstimo de R$ 4,5 milhões para tentar resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior. Em entrevista ao Estado, o administrador judicial do banco, Vânio Aguiar, confirmou que os papéis estão nos arquivos oficiais da instituição bancária.[28]
O jornal mostrou que o empréstimo foi regularizado no Brasil poucos dias antes da intervenção judicial no Banco Santos, em 12 de novembro de 2004. O dinheiro foi liberado no dia 29 de julho, mas somente em 5 de novembro (uma semana antes da quebra do banco e da decretação da intervenção da Justiça) as garantias foram registradas, conforme certidões obtidas pela reportagem num cartório em São Paulo. Ou seja, quando o Banco Santos liberou o empréstimo em julho não havia formalização de fiança bancária.[28]
A publicação reforça a tese que a Família Sarney sempre negou nos últimos anos: a existência de contas no exterior.
O banco pertenceu ao banqueiro Edemar Cid Ferreira, amigo íntimo da família Sarney e padrinho de casamento de Roseana e Jorge Murad.[carece de fontes?] O banco quebrou em novembro de 2004, e sua falência foi decretada em 2005. Depois da decretação da falência, chegou a ser preso e condenado a 21 anos de prisão, mas recorreu e responde em liberdade.
Segundo e-mails que estão nos arquivos do Banco Santos, os dólares foram transferidos por meio de uma conta do banco suíço UBS AG, onde Edemar é cliente. O empréstimo de R$ 4,5 milhões foi liberado no Brasil no dia 29 de julho de 2004 e segundo os documentos, US$ 1,5 milhão foram depositados cinco dias depois numa conta externa. As investigações sobre o banco mostram que o ex-banqueiro, sem aval para operar oficialmente no exterior, usava offshores e laranjas para receber recursos fora do Brasil.[28]
O dinheiro iria ser usado para a empresa Bel-Sul Participações, de Roseana e Murad, comprar ações em um shopping em São Luís e outro no Rio de Janeiro. A transação envolveu ainda mais um aliado da família Sarney: Miguel Ethel Sobrinho, ex-presidente da Caixa Econômica no governo de José Sarney e até 2009, conselheiro da fundação que leva o nome do presidente do Senado. Miguel Ethel detém 50% da Participa Empreendimentos, empresa que vendeu as ações dos shoppings.[28] Horas depois das denúncias, Roseana divulgou nota negando. Chamou "fantasiosa" a denúncia feita pelo jornal e afirmou que o empréstimo foi regular no Brasil.[29] Em 16 de agosto de 2010, o Ministério Público Federal pediu investigações sobre Roseana.[28] 

Denúncias de crimes financeiros

Em janeiro de 2011, o executivo suíço Rudolf Elmer entregou à organização Wikileaks dados bancários que documentavam, segundo ele, casos de crimes financeiros em paraísos fiscais. Entre os documentos, encontravam-se alegadas provas de que Roseana Sarney teria feito operações secretas no banco Julius Baer, nas Ilhas do Canal e Ilhas Virgens, recebendo 10 mil dólares. As operações seriam intermediadas pelo Coronado Trust, fundo financeiro criado por Roseana Sarney e Jorge Murad nas Ilhas Virgens.[30][31] Elmer havia previamente afirmado em livro que Roseana Sarney movimentou 150 milhões de dólares no banco Julius Baer de 1993 a 1999.[32]

Lava Jato

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, autorizou a abertura de investigação contra Roseana em 6 de março de 2015, tirando o sigilo do pedido de abertura de inquérito.[33]

Fraude em concessão de isenções fiscais

Em novembro de 2016, Roseana foi denunciada pelo Ministério Público, junto com mais dez ex-gestores, por causar prejuízo de mais de 410 milhões de reais aos cofres públicos em um esquema fraudulento de concessão de isenções fiscais a empresas pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) a empresas.[34] O grupo foi acusado de compensações tributárias ilegais, implantação de filtro no sistema da secretaria para garantir essas operações tributárias ilegais e fantasmas, reativação de parcelamento de débitos de empresas que nunca pagavam as parcelas devidas, exclusão indevida dos autos de infração de empresas do banco de dados e contratação irregular de empresa especializada na prestação de serviços de tecnologia da informação, com a finalidade de garantir a continuidade das práticas criminosas.[34] Segundo o Ministério Público, Roseana autorizou acordos judiciais baseados em pareceres manifestamente ilegais dos procuradores-gerais do Estado por ela nomeados.[34]

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