“Diga Não ao Feminicídio”! A frase estampada em um dos tantos cartazes carregados pelos estudantes é um apelo à sociedade para que se junte nessa corrente contra o assassinato de mulheres, o ato mais extremo da violência doméstica.
Só este ano, 32 mulheres foram assassinadas no Maranhão, e os seus algozes foram companheiros, ex-companheiros, padrastos, cunhado. Para chamar a atenção para este e outros tipos de crimes contra a mulher, estudantes da Unidade Integrada José Giorceli Costa, escola da rede estadual de ensino, na Madre Deus, saíram em caminhada pelas ruas do bairro.
A temática Violência Doméstica agora faz parte do projeto político-pedagógico das escolas da rede estadual de ensino, por meio da campanha permanente desenvolvida pelo Secretaria de Estado da Educação (Seduc) em parceria com o Ministério Público Estadual (MPMA), intitulada Lei Maria da Penha: Por uma Cultura de Paz. Assim, durante
todo ano essa temática foi trabalhada como conteúdo transversal dentro da maioria dos Componentes Curriculares, como Artes, História, Literatura, Língua Portuguesa.
todo ano essa temática foi trabalhada como conteúdo transversal dentro da maioria dos Componentes Curriculares, como Artes, História, Literatura, Língua Portuguesa.
Foram realizados seminários, palestras, rodas de conversa, entre outras atividades. A caminhada é uma das últimas etapas do projeto este ano.
“Nós queremos sensibilizar, mostrar que nós mulheres precisamos de respeito aos nossos direitos, precisamos viver em mundo melhor e com consciência e companheirismo.
E nós vamos continuar com essa sensibilização, esse mover de amor, tocar o coração do homem. E nada melhor que começarmos a preparar hoje, o homem adulto de amanhã, para que sejam pessoas capazes de respeitar, de entender e serem companheiros”, destacou Maria de Jesus Lindoso Costa, gestora geral da escola.
E nós vamos continuar com essa sensibilização, esse mover de amor, tocar o coração do homem. E nada melhor que começarmos a preparar hoje, o homem adulto de amanhã, para que sejam pessoas capazes de respeitar, de entender e serem companheiros”, destacou Maria de Jesus Lindoso Costa, gestora geral da escola.
“No próximo dia 30 (quinta-feira) nós teremos um júri simulado, onde os nossos alunos irão encenar o julgamento de um caso de feminicídio. Então buscamos desenvolver uma série de atividade para despertar o interesse dos nossos alunos, e assim, plantarmos uma semente de consciência, de respeito e valorização do papel da mulher na sociedade”, destacou Vanessa Santos, gestora adjunta da escola.
Além de faixas e cartazes, os estudantes gritavam palavras de ordem para chamar a atenção por onde passavam. E muitos deles, já demonstram a consciência de que este é um problema de toda sociedade.
“Eu acho muito bom que a escola esteja envolvendo os estudantes nesse assunto da violência doméstica, porque conscientiza os meninos de que isso é crime. E desperta nas meninas a atenção para os seus direitos”, disse Francine Sá da Silva, de 13 anos, estudante da escola.
“Eu acho essa caminhada importante, porque a gente precisa ser solidária com as mulheres que são vítimas de violência doméstica. E, também, precisa de respeito, de paz e de amor” enfatizou Bianca Rabelo Duarte, de 11 anos.
“Trazer esse assunto ‘pra’ escola e ‘pra’ ajuda esclarecer as pessoas pra ficarem atentas contra essa violência. Nós estamos trabalhando esse assunto com os professores durante muito tempo, e agora a gente está na rua ‘pra’ chamar atenção e dizer que chega de violência contra a mulher”, Inaldo de Jesus Barros, aluno da EJA.
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