sexta-feira, 2 de março de 2018

De mocinho a vilão Bardal vira Pardal e é engaiolado junto com seu comparsa

Pedido de prisão preventiva de Thiago Bardal partiu da Secretaria de Segurança Pública, com parecer favorável pelo Ministério Público. Ele é suspeito de participação em uma quadrilha de contrabandistas de armas, cigarros e bebidas. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, nesta sexta-feira (2), que a justiça acatou o pedido de prisão preventiva do delegado Thiago Bardal, que há um mês era superintendente de investigações criminais no Maranhão.
Após ter sido exonerado do cargo, Bardal teve pedido de prisão preventiva emitido pela Secretaria de Segurança Pública e que teve parecer favorável pelo Ministério Público do Maranhão. Segundo a SSP, o pedido aconteceu por quebra de confiança e porque Bardal foi encontrado próximo a um local onde oito suspeitos – entre eles três policiais militares – foram presos em flagrante por contrabando de cargas e armamento. Na manhã desta sexta-feira (2) o ex-superintendente de investigações criminais prestou depoimento na Superintendência de Combate a Corrupção (SECCOR), em São Luís. Ele chegou às 9h30, acompanhado de um advogado. Na sala de interrogação estavam presentes sete delegados da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção e um promotor de Justiça.
Após sair da SECCOR, Bardal será encaminhado para o Presídio da Polícia Civil localizado na Cidade Operária. O advogado que estava com ele no dia da operação, Ricardo Jefferson Muniz Belo, já foi preso e será encaminhado à Penitenciária de Pedrinhas. No dia 28 de fevereiro, Ricardo havia dado uma versão diferente de Bardal em depoimento à Polícia. Em sua defesa, Bardal vinha afirmando que não conhece nenhuma das pessoas presas na operação e que foi abordado por policiais militares duas horas antes da operação e a cerca de 5 km de distância do local em questão. Na SECCOR, o advogado de Thiago Bardal, Aldenor Rebouças Filho, afirmou que o cliente dele está sendo perseguido.
"Thiago Bardal é um homem injustiçado, perseguido por um delegado político que foi aprovado como delegado que não tem coragem de abandonar o salário de delegado", declarou.

Entenda o caso

Policiais Militares e outras cinco pessoas que não integram a polícia são suspeitas de integrarem um grupo criminoso com atuação na Região Metropolitana de São Luís. Os militares foram presos na manhã do dia 22 de fevereiro no Arraial, no Quebra Pote, zona rural de São Luís. Armas, bebidas alcoólicas e cigarros foram apreendidos também.
A operação foi realizada pela Polícia Militar. No caminho para o Quebra Pote, Thiago Bardal foi encontrado próximo da região suspeita em um carro com Ricardo Jefferson Muniz Belo, que seria o seu advogado. Segundo o secretário de segurança pública, Jefferson Portella, ao ser questionado, o superintendente afirmou que estava vindo de uma festa, mas depois mudou a versão falando que procurava um sítio para compra. O secretário também informou que, após a abordagem ao delegado, policiais seguiram até um porto clandestino, localizado em um sítio da região do Quebra Pote. Por lá eles também encontraram uma patrulha de militares dentro de um carro, que foram abordados e presos. Armas, bebidas alcoólicas e cigarros também foram apreendidas.
Na tarde do dia 22 de fevereiro Thiago Bardal foi exonerado do cargo e depois a SSP pediu a prisão preventiva dele. Na sexta (23), a delegada Nilmar da Gama assumiu o cargo de superintendente da Superintendência de Investigações Criminais (SEIC).
No dia 26 de fevereiro, um sargento, um major e um soldado - que a polícia diz que participavam da quadrilha - tiveram a prisão preventiva decretada, além de outras cinco pessoas que não integram a polícia. Na último dia 27 de fevereiro, o advogado Ricardo Jefferson Muniz Belo prestou depoimento à polícia. Durante seu interrogatório contou uma versão diferente da que foi dita inicialmente por Thiago Bardal. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança (SSP-MA), o advogado tem ligação direta com o Rogério de Sousa Garcia, ex-vice-prefeito de São Mateus que é apontado como um dos chefes do esquema criminoso e está preso.

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