quinta-feira, 19 de abril de 2018

Projeto Jovem Guardião é apresentado na 56ª Assembleia Geral da CNBB em São Paulo

 
O projeto Jovem Guardião, realizado há mais de um ano pela Pastoral da Juventude (PJ) em parceria com a Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), alçou voos mais altos. A iniciativa foi partilhada com os bispos de todo país durante a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada na cidade de Aparecida, São Paulo. O jovem guardião Carlos Eduardo Santos representou o projeto e apresentou a experiência implantada no Maranhão, na última terça-feira (17).
Todos os anos alguma pastoral da Igreja Católica tem a oportunidade de partilhar com os bispos sobre sua atuação. Como em 2018, a juventude está em foco, projeto foi escolhido pela Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB para ser apresentado na Assembleia.
Carlos Eduardo declarou que a participação na assembleia foi de extrema importância para o projeto. “A CNBB é a instância máxima da nossa igreja no país e apresentar o Jovem Guardião, nesse contexto, é uma confirmação de que a nossa juventude está no caminho certo e que as pessoas acreditam em nós. Tudo isso tornou essa experiência muito especial”, contou o jovem, um dos coordenadores do projeto.
Segundo o coordenador, a proporção que o projeto tomou com a apresentação na Assembleia Geral foi gigantesca e um dos pontos relevantes é o alinhamento da Pastoral da Juventude com a Funac, que mantém a beleza do projeto. “O projeto foi bem recebido por todos e despertou o interesse. Após a apresentação muitas pessoas vieram conversar e saber como era realizado no dia a dia. Agora, com toda esta repercussão, a expectativa é que tenhamos muitas dioceses pelo Brasil afora interessadas em replicar a nossa experiência pastoral”, comemorou.
Para a Funac, vinculada à Secretaria dos Direitos Humanos e Participação Popular, a ação foi alvo de muita alegria. “Ter o Jovem Guardião socializado com todo o Brasil significa um sinal de esperança e a possibilidade dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas terem novas perspectivas de projeto de vida, de serem acolhidos em suas comunidades, dentro da sua perspectiva de juventude”, afirmou a presidente da Funac, Elisângela Cardoso. “Estamos muito alegres com este momento e reconhecemos a atuação fundamental da Pastoral da Juventude, que vem agregando um novo olhar para a socioeducação”, parabenizou.
Jovem Guardião
 
Além de apresentar para o país uma nova forma de falar sobre os adolescentes privados de liberdade, o Jovem Guardião apresentou os impactos positivos alcançados em mais de um ano de atuação. “Conseguimos ser referência para esses adolescentes, construímos com eles um novo olhar sobre o que é ser jovem e estamos batalhando junto com a Funac para ajudar a reduzir os índices de reincidência desses meninos e meninas com o nosso acompanhamento”, ressaltou Carlos Eduardo na apresentação.
O Projeto desenvolve um processo de acolhimento integral aos adolescentes e jovens egressos das medidas socioeducativas, para contribuir com a construção do seu Projeto de Vida e fortalecer os vínculos familiar e comunitário. As atividades se iniciam com as visitas nas unidades de medida socioeducativa e segue várias etapas de acompanhamento até que eles estejam fortalecidos para executarem seu projeto de vida desvinculado do ato infracional.
Hoje, 120 jovens guardiões, de 30 grupos de base espalhados em treze paróquias localizadas nos bairros da área de periferia e zona rural, realizam o projeto juntamente com as equipes técnicas de quatro unidades de internação da Funac, na região metropolitana de São Luís.

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