terça-feira, 15 de maio de 2018

Maranhão é o segundo maior produtor de soja do Nordeste

 
Os agricultores maranhenses, em especial, os grandes produtores de grãos, continuam otimistas, tendo em vista que a safra de 2018 deverá atingir um novo recorde, maior que o ano anterior em 838,3 mil toneladas. É o que aponta a Nota de Agricultura Maranhense, publicada nessa segunda-feira (14), pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).
A nota trata da previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas do Estado, referentes à estimativa do segundo bimestre de 2018. A análise completa encontra-se disponível no site do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. Acesse pelo link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/30/226
De acordo com os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) referentes ao mês de abril de 2018, a produção graneleira maranhense está estimada em 5.265 mil toneladas em 2018, crescimento de 18,9% em comparação com a safra de 2017.
O presidente do Imesc, Felipe de Holanda, explica o bom resultado das safras em 2018. “Os preços das commodities agrícolas no mercado internacional estão em recuperação, ainda que em ritmo lento. Soma-se a isso a valorização do dólar a patamares ainda mais elevados, constituindo fatores que contribuem significativamente para a decisão de plantio dos produtores, já que os mesmos plantam conforme as condições do mercado, seguindo a lógica econômica: quando os preços estão elevados, há um estímulo à produção”.
A produção de soja no Maranhão tem evoluído em vários municípios ao longo dos anos. Em 2010, por exemplo, 33 dos 217 municípios maranhenses produziam soja, já em 2016, surgiram mais 18 municípios que passaram a cultivar esse grão, totalizando 51 municípios produtores de soja no estado. Entre estes novos produtores, destacam-se Açailândia, Buriticupu e Itinga do Maranhão, cujas produções em 2016 foram de 53,7, 35,7 e 31,1 mil toneladas, respectivamente.
Segundo dados da Pesquisa Agrícola Municipal – PAM (2016).  Entre 2010 e 2016, somente a Bahia, o Maranhão e o Piauí produziram soja de forma contínua. Segundo as últimas informações disponíveis (2016), a Bahia produziu cerca de 63,3% da soja da Região, enquanto que a participação da produção desse grão do Maranhão em relação ao total do Nordeste equivaleu a 24,2%. O Piauí respondeu por cerca de 12,5% da soja no Nordeste.
Milho
A produção de milho, por sua vez, fechou o ano de 2017 em 1,6 milhões de toneladas, com incremento de 948,2 mil toneladas, fruto do aumento de 39,6% na área plantada, o que representa cerca de 133,8 mil hectares. Quanto ao rendimento médio desta cultura, em 2017 encerrou em 3.521 kg/ha, maior em 89,6% em relação ao ano anterior.
Em relação à cultura do milho, da mesma forma como acontece com a produção de soja, a Bahia, o Maranhão e o Piauí destacam-se como os maiores produtores do Nordeste. A Bahia concentra a maior parte da produção nordestina de milho, com cerca de 50,0%, segundo dados da PAM (2016). Em segundo lugar, está o Maranhão, com peso de 21,6%, seguido pelo Piauí, com 19%. As demais unidades da federação nordestinas participam com 9,4%, somando seus pesos.
No caso do Maranhão, ao longo dos anos este produto passou a ser cultivado de forma mais expressiva, sendo que em 2010, a participação do Maranhão na produção de milho do Nordeste era de 12,9% e em 2016, ano considerado ruim para a produção agrícola brasileira devido à grande estiagem iniciada ainda em 2015, a participação do Maranhão na produção nordestina de milho foi de 21,6%.
Nota de Agricultura Maranhense
A Nota de Agricultura Maranhense é um dos produtos do Boletim de Conjuntura Econômica, uma publicação trimestral do Imesc. A Nota, deste modo, se propõe fazer uma discussão prévia dos resultados do LSPA, divulgado mensalmente pelo IBGE.
O LSPA trata da previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, por intermédio das Comissões Municipais e/ou Regionais de Estatísticas Agropecuárias (COMEA’s e COREA’s) que, por sua vez, são consolidadas para o nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA).

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