quarta-feira, 27 de março de 2019

Governo elabora ações para segunda etapa do Maranhão Quilombola

As Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Igualdade Racial (Seir) discutiram durante uma reunião, realizada na segunda-feira (26), as ações que serão desenvolvidas durante a segunda etapa do Programa Maranhão Quilombola. O programa visa promover o acesso da população negra de comunidades tradicionais aos benefícios destinados, de forma específica, a estes povos.
A Sedes, como pasta responsável pela coordenação do Cadastro Único e pelos programas sociais Bolsa Família, Bolsa Escola e outros, desenvolve dentro do Maranhão Quilombola, a Campanha de Autoidentificação de Povos e Comunidades Tradicionais.
Ana Gabriela Borges, secretária adjunta de Renda e Cidadania da Sedes, destacou que o objetivo da campanha é conscientizar as famílias dos grupos específicos sobre a importância da autoidentificação dos povos e comunidades tradicionais, no intuito de garantir que essa população seja inserida em programas sociais destinados a ela.
“A campanha tem sido desenvolvida pela Sedes, em parceria com outros órgãos do Estado que, também, trabalham com ações voltadas para populações específicas. Os principais eixos são identificar as famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social e econômica, mas que não possuem registro no CadÚnico, e, ainda, aquelas que possuem registro, mas que não estão identificadas como pertencentes a determinado segmento”, declarou a secretária.
Ana Gabriela revelou, também, que está previsto para o mês de maio um encontro com todas as secretarias e instituições envolvidas com o Maranhão Quilombola. “Estamos preparando um encontro estadual de planejamento para o Busca Ativa de comunidades e povos tradicionais, onde iremos apresentar os resultados obtidos na primeira etapa da campanha de autoidentificação. Antes do projeto, tínhamos 33. 597 famílias quilombolas cadastradas no CadÚnico, 178 famílias ciganas, 5.322 famílias indígenas e 205 de terreiros. Hoje, após a primeira etapa da Campanha, temos 42.082 quilombolas, 415 famílias ciganas, 5.257 indígenas e 356 famílias de terreiros”, explicou Gabriela.
De acordo com a secretária adjunta da Seir, Socorro Guterres, a perspectiva da segunda etapa é atender um maior número de comunidades e avançar para além do público previsto na ação da Caravana ou nas próprias rotas do Maranhão Quilombola.
“Se a gente amplia o programa para o número de comunidades que estão nos municípios, certificadas pela Fundação Cultural Palmares e reconhecidas pelos Governos Federal e Estadual como grupo específico, vamos conseguir atingir um número significativo de famílias tradicionais, o que significa algo extremamente positivo para todos os órgãos envolvidos no projeto”, disse Socorro Guterres.
Mais ações
Ainda como projeto desenvolvido pelo Governo do Estado, em prol das comunidades quilombolas, está a cozinha comunitária de Marudá, a primeira instalada para segmento específico no Brasil. O equipamento foi estrategicamente instalado em um quilombo remanescente de Marudá, devido ao grande impacto que essa população sofreu ao ser afetada pelo Centro de Lançamento de Alcântara.
O equipamento já funciona há mais de um ano e já serviu mais 60 mil refeições gratuitas e de qualidade a centenas de pessoas em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social, contribuindo, assim, para a redução da fome no município. A cozinha oferece, ainda, atendimento nutricional, atividades de educação alimentar e nutricional, ações de fortalecimento da agricultura familiar local e oficinas de capacitações para produção, promoção e qualidade de vida da comunidade.

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