sexta-feira, 10 de maio de 2019

Jornal francês entrevista Márcio Jerry sobre a “revolução democrática maranhense”

Jornal francês entrevista Márcio Jerry sobre a “revolução democrática maranhense”
O deputado federal maranhense é o presidente estadual do Partido Comunista do Brasil, estudou jornalismo na Universidade Federal do Maranhão, onde atuou como professor
Entrevistado pelo jornal francês Le Monde Diplomatique, Márcio Jerry (PCdoB) foi questionado sobre a “revolução democrática que acontece no estado do Maranhão”. Publicada na última segunda-feira (6) na versão em português do diário, o deputado federal que está debutando em Brasília analisou a conjuntura política nacional e indicou a necessidade da unidade no campo progressista.


Em determinado trecho o jornal europeu contou a história de Jerry, lembrando que ele saiu do interior do estado e foi tentar a vida na capital, “percorrendo um caminho conhecido de muitos nordestinos”.

“Eu nasci numa cidade pequena, do médio sertão maranhense, Colinas, onde vivi até os 15 anos de idade, encaminhado pela minha mãe, já falecida, professora, e pelo meu pai, motorista de caminhão aposentado. Eu, que sou mais velho de uma família de nove filhos, vim para São Luís empurrado pelos meus pais com a missão de estudar para ‘ser alguém na vida’ e ajudar os meus irmãos”, disse Márcio na entrevista.

Além disso, a reportagem faz uma analogia entre a oligarquia Sarney, que governou o Maranhão desde 1966, e o presidente Jair Bolsonaro, que conseguiu eleger três filhos, um senador, um deputado federal e um vereador no Rio de Janeiro, indicando que o “modelo maranhense” de se fazer política pode servir como exemplo para o avanço de políticas púbicas para a diminuição das desigualdades sociais.

“A renovação política maranhense está em curso, o governador Flávio Dino virou uma página da política local ao liderar um processo histórico de superação de um regime patrimonialista que fez por décadas uma política voltada para os próprios políticos e voltada para pequenos setores da sociedade. Uma elite que se acostumou com uma vida perdulária às custas dos recursos públicos, que confundiu o público com o privado alimentando os negócios privados com recursos públicos. Sua eleição é uma vitória contra esse pensamento conservador e essa prática atrasada”, explica Jerry ao Le Monde Diplomatique.

O diário lembra ainda que o deputado federal maranhense é o presidente estadual do Partido Comunista do Brasil, estudou jornalismo na Universidade Federal do Maranhão, onde atuou como professor. Além de classificar a atuação de Jair Bolsonaro como “despreparada e desastrada”, Jerry revelou que o plano do PCdoB para as eleições municipais de 2020 é continuar sendo o partido com o maior número de prefeitos, elegendo no mínimo 46 candidatos.

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