segunda-feira, 20 de abril de 2020

O COVID E OUTROS COVA(R)D´S: charlatanismo e facismo!



Prof. Nonato Chocolate

A cada dia que se passa os números de infectados e de vítimas fatais aumentam conforme as previsões de especilistas ao redor do mundo inteiro. No Brasil todos os estados da federação já registram vítimas fatais. Destes, alguns começam a entrar em colapso no sistema da Saúde não sendo suficiente leitos e respiradores, faltando até insumos para os profissionais de saúde. Um cenário alarmante e preocupante que deve ser enfrentado com serenidade, tranquilidade e sobretudo com equílibrio necessário diante de tal gravidade no qual o planeta se encontra.

Indubitávelmente, mudaremos nossa visão de mundo, de comportamentos e de cultura. Em fim, haverá de ser uma experiência nova o pós-crise sanitária e econômica. Mas, o que de fato mudaremos mesmo numa nova era pós -pandêmica? Muitos anunciarão seus novos aprendizados sonhado da infancia: aprender a cozinhar, tocar um instrumento ou apenas ter tido mais tempo para conviver com a familia e perceber o quanto os filhos e filhas crescem. Tendo em vista que o “velho mundo” moderno de até 2019, nos roubava até mesmo a convivência familiar.

A evolução da humanidade não ocorre num simples estalar de dedos, é preciso séculos ou milênios para que a sociedades se modelem tal qual a vemos hoje; costumes, rituais e todo o acúmulo de saberes e fazeres. Em tempos de globalização é muito fácil perceber como o coronavírus se dissimina rapidamente por todos os continentes.

Antigamente as pessoas na maioria atribuiam as enfermidades as fúrias dos deuses, era creditado aos maus espíritos as causas das doenças, acreditava-se também que para combatê-las seriam necessárias crenças nos anjos de luz e espíritos do bem. Hoje, sabemos que a evolução cientifica e revolução da genetica propiciaram descobrirmos bactérias e vírus ou qualquer outro patógeno equivalente.

Mas o isolamento ou distanciamento social (procedimento recomendado para diminuir possibilidade de contágio da COVID-19) , aflora inquietudes e fragilidades pisiquicas, gerando inseguranças do por vir. Lamentavelmente gera, uma oportunidade incrível paro os charlatões de plantão. Que prometem prevneções, curas, conforto e salvação. Falsos médicos, falsos enfermeiros e falsos farmaceuticos.

O perigo está também presente em algumas religiões e seitas ao redor do mundo de maneira universal. Pois, se

mutiplicam junto aos falsários, pastores e “salvadores” da pátria. A essa armadilhas não se restringe a essa ou aquela classe ou raça .

Há promessas de produtos milagrosos de várias naturezas, o inconsciente coletivo cria arquétipos de uma sociedade saudável, limpa, higienizada e feliz. No qual o bem-estar é gerado a partir de pseudas seções travertidas em cultos de adoraçõao ao sagrado, ao divino em busca da salvaçõa e redenção.

Mas como nos alerta a filosofa Marilena Chauí, na obra Servidão Voluntária e Manifestaçoes Ideológicas, ao interpretar um texto de Ètienni De La Boetie (O Discurso da Servidão Voluntária), propôs ele o pensador francês do séc. XVI, entender porque o “tiranisado” aceita o tirano, posto que ele humilha, oprime e domina. Para ele, cada um de nós (ou parte) temos um tirano dentro de si e nutrimos um desejo de dominar o outro. Assim, nos submetemos aos poderes autoritários. A sociedade ou parte dela clama por ordem, segurança, militares e polícia em vez de democraia e liberdade. Ou seja, o desejo totalitário se torna latente por um comportamento inerente de uma cumplicidade.

Existe inúmeras representações como por exemplo; o gesto de “fazer arminha”, quebrar uma placa como o nome de uma parlamentar que fora brutalmente e covardamente assassinada, torna-se expressões banalizadas daqueles que vibram por todo e qualquer violência perpetrada e ao mesmo tempo ancorada em princípios e com características Facistas.

*Sociólogo- Mestre em Educação, Professor do COLUN/UFMA e está Secretário Municipal de Relações Parlamentares. SEMERP-PMSLZ

Nenhum comentário:

Postar um comentário