quinta-feira, 29 de abril de 2021

Dia do Ferroviário: VLI trabalha na formação de profissionais do setor


Locomotiva da VLI em operação

As capacitações são feitas internamente ou mediante parcerias com Senai e outras empresas

O ingresso no setor ferroviário ocorre a partir do cargo de trainee operacional. E ainda não existem formações no mercado que garantam essa capacitação. Diante disso, a VLI – companhia responsável pela circulação de trens entre Maranhão e Tocantins pela operação do Terminal Portuário São Luís – trabalha há 10 anos em processos internos de formação e preparação de sua mão de obra. Um eletricista, por exemplo, ao entrar para a empresa, já tem o curso específico de sua área. E, internamente, é capacitado para ser eletricista de locomotiva.

Segundo a supervisora de Atração e Seleção da VLI, Kenya Consceição, a formação dos profissionais, principalmente das áreas operacionais, é feita pelas próprias empresas. “O ofício é ensinado dentro da própria empresa. Quando temos, por exemplo, um curso junto ao Senai de operador de manobra, oferecemos até mesmo instrutores para auxiliar na capacitação”, explica.

Um ferroviário no pátio, aprende a manobrar um trem, o funcionamento da parte operacional, até fazer o curso de formação específica, com as horas exigidas, para guiar a locomotiva. “Para cada uma das etapas, existe o cumprimento de uma carga horária. Então, é preciso investimento da empresa”, afirma Kenya.
O operador de locomotivas no Terminal de Ponta da Madeira em São Luís se diz apaixonado pelo que faz

Em 2019 foi desenvolvido um curso técnico voltado para manutenção de via permanente, também em parceria com o Senai. Como resultado, 44 empregados se formam esse ano. Além da universidade corporativa, que recebe investimentos anuais, são firmadas parcerias com empresas para que os cursos sejam ministrados. “O foco é o desenvolvimento interno dos empregados”, pontua a supervisora.

Paixão pela ferrovia

Vale lembrar que a carreira de ferroviário não se restringe ao maquinista. Todas as funções desempenhadas na companhia, sejam elas administrativas ou operacionais, são relevantes para

que o funcionamento do setor. E muitas dessas carreiras se traduzem na realização de sonhos e paixão pela ferrovia.

É o caso de Mayara Danielle Sodré Costa, 37 anos. Ela entrou na VLI como estagiária na área de Mecânica. Após um seletivo interno passou a ocupar um cargo de analista na área de Planejamento, Programação e Controle na Ferrovia (PPC) em São Luís. Cabe a ela – e aos colegas de equipe – demandar a área operacional para a programação dos trens, acompanhando cada partida e chegada dos trens na Ferrovia. “Eu sou apaixonada por trens e o meu trabalho me exige entender com propriedade o funcionamento da locomotiva”, garante.

Entusiasmada com o que faz, Mayara orgulha-se de trabalhar na área fim do negócio da companhia: a logística de grãos como soja, milho e farelo, dos produtos da siderurgia como ferro-gusa, manganês e industrial como combustível e celulose.

Orgulho

Outro colaborador que não esconde o entusiasmo com o trabalho que realiza é José Roberto Ribeiro, 58 anos, e há seis na VLI onde ocupa a função de operador de Locomotivas da VLI o Terminal de Ponta da Madeira (TPM), em São Luís. Todo dia ele acorda às 4h15. Às 5h sai de casa e às 6h já está pronto para iniciar mais um dia de trabalho. É essa a rotina de José Roberto Ribeiro, 58 anos, e há seis ocupa a função de operador de Locomotivas da VLI o Terminal de Ponta da Madeira (TPM), em São Luís.

Antes de assumir o posto, o professor JR10, como é carinhosamente chamado pelos amigos de equipe, reúne-se com os colegas durante o DDSS (Diálogo Diário de Saúde e Segurança). Mais do que fazer uma análise do trabalho do dia anterior e receber novas instruções, o momento é para fortalecer os laços da equipe e para ouvir as palavras motivacionais do José Roberto. “Eu sou sempre escolhido pelo nosso Inspetor Miécio para motivar os amigos. Trabalho com alegria e entusiasmo. Sou feliz no que faço e a camisa cinza – fazendo referência ao fardamento da empresa – me acolheu tão bem e de forma diferente”, assegura. José Roberto trabalha das 6 às 18h. Ele é responsável por manobrar os trens no pátio de carga do TFPM (Terminal Ferroviário de Pinta da Madeira).

Contratado pela companhia em 2010, Fabrício Ribeiro Silva também se diz realizado na área em que atua. Fabrício é maquinista de viagem na VLI e opera na Ferrovia Norte-Sul, Corredor Centro-Norte. Antes de chegar ao posto atual, ele foi oficial de operação ferroviária. Com o passar dos anos, tornou-se maquinista de manobra, e, há sete anos, é maquinista de viagem. Ao todo, são 11 anos na VLI.

“São anos de aprendizagem e conhecimento. São muitos os desafios, mas nenhum deles anula o gosto que tenho pela ferrovia. Entregar cada trem ao seu destino, nos dá a sensação de missão cumprida. É por isso que não meço esforços para prestar um serviço de qualidade, com compromisso e segurança. Eu gosto do que faço, gosto de ser ferroviário, pois essa profissão leva desenvolvimento através dos trilhos”, resume.

Sobre a VLI

A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no país, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). Escolhida como uma das 150 melhores empresas para trabalhar pela revista Você S/A, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

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