Na semana em que o senador José Sarney escreveu em sua coluna no jornal “O Estado do Maranhão” sobre o desenvolvimento ocorrido no Estado na área da educação, desde quando ele foi eleito governador em 1966, números relacionados à área colocam novamente Maranhão e Alagoas de mão dadas na lanterna do ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, siga em inglês) que é aplicada em diversos países do mundo.
A pesquisa, o principal exame internacional da educação básica, mede o desempenho dos estudantes em três áreas do conhecimento –Leitura, Matemática e Ciências. Os números do programa apontam que o Brasil conseguiu alguns avanços nos últimos dez anos, mas não o suficiente para assegurar um crescimento mais satisfatório, o país continua abaixo de países como Jordânia e Tunísia.
Quanto ao desempenho dos alunos dos estados do Brasil, Maranhão e Alagoas ficam nas últimas posições, situação comum nestas duas unidades da federação, que além de indicadores sociais preocupantes tem como outro ponto de convergência o fato de serem estados cujos políticos chegaram a presidência da República. O Maranhão ficou com média de 343 pontos em Matemática, 369 em Leitura e 359 em Ciências, um desempenho que só foi melhor que o de alagoas, cujas médias dos foram 342 pontos , em Matemática, 355 pontos em Leitura e 346 em ciências.
Na coluna publicada no último domingo, dia 1º de dezembro, Sarney até lamenta que quando foi presidente da República não conseguiu implantar no país o “avanço que fizera no Maranhão”.
Passados 23 anos, após Sarney deixar o cargo de Presidente da República e se tornar senador do PMDB pelo Amapá, sua filha Roseana Sarney, já está no quarto mandato à frente do governo do Estado, e a promessa da “revolução na educação” chancelada na campanha eleitoral de 2010, ainda enfrenta dificuldades para ser implementada.
Taipa
Por trás de estatísticas que já se tornaram rotina quando o tema são indicadores sociais do Estado, estão situações como as enfrentadas por crianças na cidade de Jatobá, a 450 km de São Luís. Em setembro, matéria do site Maranhão da Gente mostrou a precariedade da escola feita de taipa. Casos como este indicam as dificuldades enfrentadas por grande parte dos estudantes maranhenses e que se reflete nos dados do PISA.
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