Embora a acusação de Nestor Cerveró contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seja de uma propina de US$ 100 milhões, bem mais grave que a denúncia contra a presidente Dilma (a de ter dado autonomia política aos diretores da BR Distribuidora), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pretende juntar a delação premiada ao processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE; para os tucanos, o que Cerveró diz contra Dilma (ainda que pouco relevante) é verdade absoluta; o que ele diz contra FHC (repita-se, uma propina de US$ 100 milhões) é apenas tentativa de confundir a opinião pública.
247 – O PSDB pretende usar trecho da delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, em que ele cita a presidente Dilma Rousseff, a favor do impeachment. Advogados do partido pretendem pedir ao Superior Tribunal Eleitoral (TSE) a inclusão do depoimento no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
Os tucanos avaliam se pedem ainda um depoimento de Cerveró sobre o caso para acrescentar ao processo. A denúncia contra Dilma tem como base algo que Cerveró diz ter ouvido do senador Fernando Collor (PTB-AL) – que a presidente teria lhe dado autonomia para indicar cargos de chefia na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Em outro trecho da delação, no entanto, Cerveró faz uma denúncia muito mais grave: a de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) recebeu uma propina de US$ 100 milhões na compra da empresa argentina PeCom pela estatal brasileira, em 2002, durante o governo do tucano.
Para os integrantes do PSDB, porém, o que Cerveró diz contra Dilma (ainda que pouco relevante) é verdade absoluta. Já o que diz contra FHC, aparentemente, é apenas tentativa de confundir a opinião pública. Ontem, o ex-presidente tucano rebateu Cerveró argumentando que a negociação virou 'case' em Harvard.

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