Núcleo de Acessibilidade conta com sete tradutores de Libras e seis de Braille, além de diversos profissionais atuando em vários centros da UFMA
SÃO LUÍS - O Ministério da Educação tem vistoriado a acessibilidade em todas as universidades federais do país. Na manhã desta terça-feira (31), a técnica do MEC, Tânia Mara Serzanic de Oliveira, se reuniu com a reitora Nair Portela, diretores e coordenadores de diversas áreas da Universidade Federal do Maranhão para fazer um balanço das ações que a UFMA tem realizado nos campi espalhados pelo território maranhense para receber os alunos portadores de deficiência.
Através do Programa Nacional Incluir, várias instituições federais de ensino já receberam a visita do MEC. Dentre as universidades já visitadas, estão a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade Federal do Acre (UFAC), de onde saíram diversas recomendações sobre a UFMA como uma das instituições de destaque quando se trata de acessibilidade nos campi.
“Percebo que UFMA avançou bastante em relação à acessibilidade. Em comparação com outras universidades, o trabalho realizado aqui tem sido muito bom. Tenho certeza de que se as nossas universidades continuarem trabalhando com esse empenho e se o governo federal conseguir fazer todos os programas de apoio, daqui alguns anos teremos uma universidade mais justa e acessível”, comemorou Tânia Mara Serzanic de Oliveira.
Participaram do encontro representantes do Núcleo de Acessibilidade, Colégio Universitário, Biblioteca, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Pró-Reitoria de Ensino, Pró-Reitoria de Recursos Estudantis, Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, Departamento de Extensão, Núcleo de Tecnologia da Informação, Vice-Reitoria, Prefeitura de Campus e Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.
Para a diretora do Núcleo de Acessibilidade e professora do curso de Pedagogia, Piedade Araújo, a visita do MEC tem como objetivo verificar como a acessibilidade está acontecendo, tanto nos centros como dentro da Universidade. “Embora essa inclusão ainda não esteja totalmente pronta, ela está acontecendo e estamos nos organizando para que ela de fato aconteça”, destacou a diretora.
A acessibilidade na Universidade Federal do Maranhão tem rendido bons frutos, incluindo diversos trabalhos de conclusão de curso, além de dissertações sobre o assunto. “Nós temos a compreensão, em nossa Instituição, de que esse não é apenas um trabalho do Núcleo de Acessibilidade, mas de toda a Universidade. Por isso, representantes de diversos setores estão aqui reunidos, com o intuito de melhorar a acessibilidade em todos os campi da UFMA. Estamos trabalhando para facilitar o acesso dentro da Universidade porque o que nós queremos é garantir a permanência desses alunos aqui”, ressaltou a reitora Nair Portela.
Acessibilidade
O processo de acessibilidade está acontecendo na Universidade desde antes da criação do Núcleo de Acessibilidade, fundado em 2010. O Colégio Universitário (Colun), em 2004, foi pioneiro na UFMA e entre os colégios universitários federais do país, tornando a escola acessível a alunos com deficiência. O Núcleo de Acessibilidade conta ainda com sete tradutores de Libras e seis de Braille, além de diversos profissionais concursados, espalhados em vários centros da Universidade. “Assim como a demanda e alunos com necessidades cresce, o núcleo cresce. E nós temos trabalhado com divulgação por meio dos diretores de centro para que toda a comunidade universitária tenha conhecimento sobre a existência do núcleo”, explicou Josenilde Oliveira, assistente social do Núcleo de Acessibilidade.
O trabalho do Núcleo de Acessibilidade da UFMA começa desde o processo seletivo. No momento da matricula, os alunos são acolhidos e mapeados para que o núcleo possa estar a par das suas dificuldades.
Atualmente, a UFMA conta também com equipamentos próprios disponibilizados, tais como impressoras e notebooks, salas de recurso multifuncional, técnicos em Braille e Libras, site acessível, novos prédios com elevadores, rampas e banheiros adaptados. Todos os antigos prédios contam com rampas e plataformas para melhorar o acesso dos alunos. “Está sendo preparado um ‘caminho acessível’ com rampas, sinalização e piso em toda a Universidade para os alunos com necessidades. O Restaurante Universitário também está sendo adaptado e todos os estacionamentos da UFMA contam com sinalização. A casa do estudante é totalmente acessível. Além desses avanços, estamos idealizando a construção de um núcleo próprio de acessibilidade”, explicitou o Prefeito da Cidade Universitária, Guilherme Abreu. O Núcleo de Esportes da UFMA está entre os quatro melhores Centro de Excelência Paradesporto.
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