Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam o Maranhão entre os 10 estados do Brasil e o primeiro do Nordeste em vacinação contra a febre aftosa
Em 2016, já na primeira fase da vacinação contra a febre aftosa, o Maranhão assumiu o primeiro lugar entre os estados do Nordeste na classificação vacinal de seu rebanho, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ainda segundo o levantamento, o estado está entre os 10 melhores índices do Brasil na classificação.
Com área de 331.936.955 km², o estado conta atualmente com uma população de bovinos e bubalinos de 7.630.976 cabeças, distribuídas em 90.900 propriedades rurais, conforme dados atualizados do Sistema de Integração Agropecuário (Siapec) controlado pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged).
Os resultados deste ano são reflexos das ações realizadas desde 2015, quando a cobertura vacinal contra a aftosa atingiu a maior porcentagem dos últimos 15 anos, chegando a registrar 98,82% e 98,04% do rebanho maranhense vacinado na primeira e segunda etapa, respectivamente.
“A manutenção do status de livre de febre aftosa com vacinação e a superação das metas, que colocaram o Maranhão entre os primeiros do Nordeste são uma vitória e demonstra que estamos caminhando na direção certa para tornar o Maranhão ainda mais competitivo na pecuária, tanto nacional quanto internacionalmente” ressalta o secretário de Agricultura e Pecuária (Sagrima), Márcio Honaiser.
A porcentagem alcançada em 2016 corresponde à imunização de 7.513.765 bovinos e bubalinos, sendo inferior apenas ao da Bahia, que vacinou 9.704.344 animais, mas registrando um total de 93,84% de seu rebanho.
Entre as ações realizadas estão o trabalho de campo dos seus técnicos e da formação de parcerias com associações de representação de produtores rurais, secretarias municipais de agricultura, universidades e outras entidades, como o Fundo de Desenvolvimento Pecuário do Maranhão (Fundepec); a Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Maranhão (SFA/MA); a Federação da Agricultura do Estado do Maranhão (Faema); e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
“Temos o segundo maior rebanho bovino e bubalino do Nordeste. Nosso público-alvo é diverso e engloba tanto os grandes, quanto os pequenos produtores. Conquistamos um resultado satisfatório devido à conscientização do criador maranhense e à atuação de nossos veterinários e técnicos agropecuários, com a ajuda de vários parceiros, em todos os 217 municípios do estado”, frisou o presidente da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), Sebastião Anchieta.
Benefícios para os criadores
Entre os benefícios da zona livre da aftosa estão a certificações como a CZI (Certificação Zoossanitário Internacional). Emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o certificado garante que rebanhos estejam prontos para a exportação, assegurando que os animais são livres de doenças como febre aftosa, EEB, tuberculose bovina, brucelose, entre outras.
Exportação
O Porto do Itaqui realizou pela primeira vez, em abril deste ano, a operação de embarque da primeira carga de bois vivos, exclusivamente de rebanhos maranhenses, quando 1.250 cabeças embarcaram para o Líbano.
Campanha
Lançada na última semana, a II Etapa da Campanha de vacinação contra Febre Aftosa busca afirmar o estado entre as primeiras colocações da classificação de vacinação. Realizada de 01 a 30 de novembro, abre uma nova chance para produtores maranhenses vacinarem seus rebanhos de bovinos e bubalinos.
Além de vacinar, a Aged lembra dos produtores que é necessário comprovar a vacinação em um dos escritórios do órgão onde as propriedades estiverem cadastradas. Na comprovação, o produtor deve apresentar a nota fiscal da vacina, obtida junto ao fornecedor do produto, e a relação dos animais imunizados.
O criador que não vacinar seu rebanho está sujeito à multa. Quem vacinou o rebanho, mas não compareceu dentro do prazo a um escritório da Aged para comprovar a vacinação, também está sujeito a penalidades.
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