domingo, 21 de maio de 2017

Márlon Reis e Ronaldo Lemos explicam o aplicativo Mudamos no programa 'Conversa com Bial'



"É mais seguro que o papel. O papel é uma tecnologia milenar, mas com o aplicativo a gente vai para um lugar onde a assinatura já nasce auditada."                         
O aplicativo Mudamos, que viabiliza a participação popular na política, foi destaque na entrevista do advogado Ronaldo Lemos e o criador da Ficha Limpa Márlon Reis no programa 'Conversa com Bial', na última sexta-feira (19).
"Há uma sociedade em avançado processo de transformação", explica Márlon Reis. "E isso está na base do porquê nos sentirmos tão inconformados. Porque nós não nos sentimos representados".
"Há uma sociedade em avançado processo de transformação", explica Márlon Reis. "E isso está na base do porquê nos sentirmos tão inconformados. Porque nós não nos sentimos representados".
"Hoje as pessoas estão vivendo uma crise de confiança. Está difícil confiar. Quando a gente vê pesquisas, a gente vê que é o país que menos confia nos outros", explicou Ronaldo Lemos. E acrescenta: "E há também a desconfiança em relação às instituições.  Por que que houve essa perda de confiança? Porque as pessoas acharam que não estão sendo representadas."
Márlon explica que a diferença entre o Mudamos e outros aplicativos e páginas de petições online é a sua capacidade de atingir metas oficiais. "O que singulariza o Mudamos é o fato dele cumprir requisitos legais. Por exemplo, identificar o eleitor. Não se trata de uma simples petição eletrônica, em que se coloca qualquer nome. Ali é preciso cadastrar. Há uma série de requisitos técnicos para garantir que se trata de alguém, um eleitor, realmente existente, que está usando o aplicativo."
Ronaldo Lemos explica que o aplicativo não pode ser fraudado. "Usamos uma tecnologia ultramoderna chamada blockchain, que é uma tecnologia novíssima."
O BlockChain é uma tecnologia bancária que surgiu com uma moeda virtual, a BitCoin.
"O nosso aplicativo é uma tecnologia muito superior ao papel. Até hoje, para recolher petições válidas, como essas para fazer projetos de lei de iniciativa popular, você precisava usar papel. Mas o papel é impossível de ser auditado. Como é que você vai auditar 1.7 milhão de assinaturas?"
Em seguida, Lemos explica que "o aplicativo é 100% transparente, aberto e auditável. Quando a pessoa assina, ela é indentificada pelo título de eleitor dela, ela é identificada pelo CPF dela, pelo número de celular, pelo lugar onde ela está, e ainda tem que receber um SMS. Então são múltiplas camadas de autenticação. Quando tem alguém tentando fraudar, a gente percebe na hora. A gente elimina qualquer assinatura que tenha possibilidade de fraude. É mais seguro que o papel. O papel é uma tecnologia milenar, mas com o aplicativo a gente vai para um lugar onde a assinatura já nasce auditada."
"Essa tecnologia abre um novo cenário", explica Márlon. "Estamos falando de um modo diferente de fazer participação popular. Outras pessoas podem fazer aplicativos similares e levantar outras causas. Muitas pessoas me perguntavam: como fazer para transformar em iniciativa popular uma ideia minha? E eu pensava: não tem como. Porque ele vai ter que convencer megaorganizações sociais."
"O Brasil saiu na frente. Também tem um detalhe: o Brasil acabou, por força do seu próprio povo, porque foi um movimento também de coleta de assinaturas, que colocou a iniciativa popular na Constituição. Não foi do nada."

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