Do blog do Edwilson
| Coutinho, noticiado por corrupção, ainda vai decidir de que lado ficará em 2014 | 
Definida a candidatura de Luis Fernando Silva (PMDB) ao 
governo, a oligarquia Sarney parte para uma tarefa específica na pré-campanha: 
coagir os prefeitos das cidades estratégicas que podem apoiar o mais forte 
candidato da oposição: Flavio Dino (PCdoB).
O prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), já 
está dominado. O próximo alvo é o controlador do município de Caxias, Humberto 
Coutinho (PSB), onde seu sobrinho Léo Coutinho, é o prefeito.
Com chamada de capa e matéria de página inteira, na 
edição de ontem, o jornal O Estado do Maranhão, da governadora Roseana Sarney 
(PMDB), destaca uma denúncia de que Coutinho torrou R$ 20 milhões em compra de 
equipamentos hospitalares no seu último mandato (2009 a 2012)
Não é a primeira vez que Coutinho é denunciado por 
práticas heterodoxas na Saúde. A matéria d’O Estado remonta ao suposto sumiço de 
11 leitos de UTI em Caxias, em 2007, quando Jackson Lago (PSB) era 
governador.
A matéria do jornal de Roseana Sarney é um aviso do que 
pode vir pela frente, caso Coutinho mantenha aproximações com Flavio 
Dino.
Importante observar que a denúncia saiu logo após o 
anúncio da desistência da candidatura do ministro Edison Lobão (PMDB) ao 
governo. Coutinho estava amarrado a Lobão, mas não tem compromisso com Luís 
Fernando Silva.
O Palácio dos Leões faz pressão para convertê-lo a 
Silva, mas ele sente o cheiro de governador é em Dino.
Coutinho é um homem rico, dos poucos milionários (ou 
até bilionários) do Maranhão, cobiçado para qualquer disputa ao governo, onde o 
apoio financeiro define eleição.
Recordemos também que, antes da reportagem denunciando 
Coutinho, o mesmo jornal publicou outras matérias, desta feita sobre visitas e 
encontros entre a governadora Roseana Sarney e o prefeito Léo 
Coutinho.
Roseana tentou dar a impressão de que teria o apoio da 
família Coutinho, mas, com a desistência de Lobão, Flavio Dino ganhou força na 
preferência do homem forte de Caxias.
Tido como coronel da região dos Cocais, Humberto 
Coutinho é peça-chave em um colégio eleitoral estratégico, onde as primeiras 
pesquisas apontam vantagem de Flavio Dino.
Coutinho não tem “ideologia”. Não é comunista nem 
sarneísta. Vai apoiar o candidato que for mais generoso com os interesses 
privados que ele pode operar junto ao futuro governo do 
Maranhão.
No momento, ele parece querer Flavio, mas pode ir com 
Luis Fernando. Ou até ficar com os dois. Tudo vai depender da conjuntura nesse 
Maranhão de meu Deus onde até o sol mente, como dizia sabiamente o padre Antonio 
Vieira.
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