Após as quatro noites de shows em comemoração aos 403 anos de São Luís, a Praça Maria Aragão recebe, até o dia 12 de setembro, grupos folclóricos internacionais com a realização da segunda edição do Festival Internacional de Folclore do Maranhão. O evento é uma realização do Comitê Internacional de Organização dos Festivais de Folclore (Cioff), órgão sem fins lucrativos ligado à Unesco), com o apoio da Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func).
A cerimônia de abertura aconteceu na noite desta quarta-feira (9), com a apresentação dos grupos culturais do México, Peru, Estados Unidos, África do Sul, Ceará e Maranhão. O presidente da Func, Marlon Botão, destacou a importância do evento para a diversidade cultural de São Luís. "Pelo segundo ano consecutivo, a Prefeitura garantiu o apoio para a realização do festival pelo valor que o evento tem para integração cultural da cidade com as culturas de outros países, inserindo a capital maranhense no roteiro internacional dos festivais de cultura e folclore, fomentando as trocas culturais e agregando mais valor à política cultural do município", ressaltou Marlon.
Durante a cerimônia, foram executados os hinos nacionais de cada país, representando a integração mundial entre as delegações convidadas deste ano. Em seguida, os grupos deram início às suas apresentações artísticas. Do México, por exemplo, veio o grupo Fiestas Del Mexico. Com 14 bailarinos, o grupo apresentou a dança jalisco, típica do estado do México, com os homens (charros) vestindo os conhecidos sombreros mexicanos e as mulheres (rancheras), com longos vestidos bordados.
A cada apresentação, os grupos convidados explicam para o público um pouco da história de cada dança e suas peculiaridades na cultura de cada país. O espetáculo ganha a dimensão de uma grande aula sobre a história e cultura dos povos, como foi o caso da apresentação da delegação da África do Sul.
Direto de Joanesburgo, o grupo International Ensemble Balkan apresentou a presença das tradições do folclore sérvio levado por imigrantes para a África do Sul. Ao todo, dez bailarinos executaram um bailado tradicional da região. Para o coordenador do grupo, Svita Leskovac, a participação no festival é uma forma de aproximação entre os povos e disseminação das tradições folclóricas dos grupos do mundo inteiro. "A cultura é uma linguagem também de paz. Em cada lugar que nos apresentamos, os mais jovens acabam assimilando algum aspecto da cultura dos outros grupos convidados e essa troca cultural é o aspecto mais valoroso do festival", disse Leskovac.
Todo o evento tem o caráter filantrópico. Os grupos convidados não recebem cachê pelas apresentações e o festival ganha o caráter de celebração entre os povos, como ressaltou o coordenador do grupo cearense Fulô do Sertão, Glauber Matos, um dos convidados do festival deste ano. "Nós viajamos o país divulgando a cultura da nossa região. Nós somos da cidade de Senador Pompeu, distante 280 km do Ceará, e a participação aqui no evento tem esse sentido simbólico de troca de cultura, de valorização das tradições, por amor à nossa cultura, e aqui fomos muito bem recebidos", destacou Glauber Matos.
Com 25 componentes, o Fulô do Sertão apresentou danças típicas do Ceará, como o maneiro-pau, o baião, o coco e a dança das rendeiras. O grupo faz parte da ONG Santa Terezinha e, desde 2009, vem desenvolvendo pesquisas das tradições folclóricas da região do Cariri e reelaborando as danças no formato de espetáculo parafolclórico. "A nossa ONG é um ponto de cultura lá na nossa região e contamos com apoio do governo e de algumas empresas pequenas. Durante a apresentação, mantemos a musicalidade dos ritmos e reelaboramos as coreografias e danças para o palco", explicou Glauber.
O II Festival Internacional de Folclore acontecerá também em outros espaços de São Luís, como o Teatro Arthur Azevedo. Além das apresentações culturais, alguns grupos convidados comercializarão produtos típicos de suas regiões, como o México, que trouxe um pouco da tequila, bebida típica do país.
Para o coordenador do evento e representante do Cioff no Maranhão, Cláudio Sampaio, o evento também tem o objetivo de inserir a capital maranhense no roteiro internacional dos grandes eventos de folclore do mundo. "Agradecemos o apoio da Prefeitura de São Luís e esperamos contar com a sensibilidade e parceria de mais instituições do setor da cultura e turismo. Mais de 122 países estão de olho no Maranhão por meio desse festival, que é importante pela diversidade das trocas culturais e para que a cultura do Maranhão esteja inserida no cenário internacional dos grandes festivais, desenvolvendo tanto a cultura quanto o turismo da cidade", finalizou Cláudio Sampaio.
Confira a programação completa do evento na Praça Maria Aragão
Dia 10 de setembro
19h30 – Grupo do México
20h – Boi da Lua
20h30 – Grupo da África do Sul
21h – Grupo do Ceará
21h30 – Boi de Axixá
19h30 – Grupo do México
20h – Boi da Lua
20h30 – Grupo da África do Sul
21h – Grupo do Ceará
21h30 – Boi de Axixá
Dia 11 de setembro
19h30 – Grupo dos EUA
20h – Boi Brilho da Juventude
20h30 – Grupo do Peru
21h – Grupo do Pará
21h30 – Boi Pirilampo
19h30 – Grupo dos EUA
20h – Boi Brilho da Juventude
20h30 – Grupo do Peru
21h – Grupo do Pará
21h30 – Boi Pirilampo
Dia 12 de setembro
19h30 – Grupo da Itália
20h – Grupo Folias Juninas
20h30 – Grupo da África do Sul
21h – Grupo do Ceará
21h30 – Dança Portuguesa Raízes de Portugal
22h – Grupo do México
22h30 – Boi de Nina Rodrigues
19h30 – Grupo da Itália
20h – Grupo Folias Juninas
20h30 – Grupo da África do Sul
21h – Grupo do Ceará
21h30 – Dança Portuguesa Raízes de Portugal
22h – Grupo do México
22h30 – Boi de Nina Rodrigues
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