Ex-deputado federal por dois mandatos e atual segundo suplente de senador, o empresário Pinto Itamaraty opera com desenvoltura na política de Paço do Lumiar, apesar de ser presidente do Diretório Municipal do PSDB em São Luís. À primeira vista, a troca de redutos parece estranha, mas, se forem levadas em conta as pretensões eleitorais do tucano e de sua família, faz todo sentido – pelo menos para ele e os seus.
Após a filiação do prefeito de Paço do Lumiar, Josemar Sobreiro, à sigla tucana, Pinto assumiu a coordenação política da prefeitura e a missão de se relacionar com a imprensa. Com mais poder do que qualquer secretário municipal, ele mantém uma espécie de gabinete paralelo em um edifício empresarial de luxo, situado em área nobre da capital, de onde influencia as decisões de governo.
A atuação de Pinto Itamaraty em Paço do Lumiar não se resume a contribuir para a reeleição de Josemar. De quebra, ele opera para viabilizar a estrutura necessária para que seu filho, Joseíldo Itamaraty, conquiste uma das 31 vagas de vereador na capital.
Com astúcia e visão administrativa diferenciada, o bem-sucedido homem de negócios, que repetiu o sucesso na política, não esconde que sua prioridade é atender aos seus próprios interesses.
Na condição de dirigente máximo do PSDB em São Luís, Pinto deveria se dedicar, primordialmente, à organização da sigla para o pleito de outubro na capital. Ainda mais diante da disputa interna travada pelo ex-prefeito e atual deputado federal João Castelo, o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista, e o deputado estadual Sérgio Frota.
Apesar do conflito, o presidente evita tomar partido por um dos nomes, omitindo-se em um momento em que sua autoridade deveria prevalecer. Muito mais preocupado com seus projetos pessoais, ele prefere deixar o circo pegar fogo, mesmo que em público pregue o consenso.
A afirmação de que a investida de Pinto Itamaraty em Paço do Lumiar faz sentido requer um adendo, uma vez que tamanho envolvimento
em um ambiente alheio à sua jurisdição partidária só se justifica pela lógica do oportunismo.
É lamentável esse comportamento dos chamados "homens de oposição", que se caracteriza por se igualar ao ex-senador José Sarney, a quem acusam de ser oligarca, passando de pai para filho, porque profissão nenhum deles possui, transformam a política em carreira de sobrevivência financeira, no início, com bandas de reggae, agora, com consórcios políticos intermunicipais. E ainda querem transformar o Maranhão desse jeito. Josemar Pinheiro
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