quarta-feira, 20 de abril de 2016

Produtores do Agropolo da Ilha comemoram bons resultados na produção e comercialização de hortifrutis

As Unidades de Referência Produtiva disseminarão conhecimentos e tecnologias para as regiões dos agropolos. Foto: Divulgação

 
Abdon Menezes, 49 anos, trabalha na lavoura desde muito jovem, cultivando hortaliças em sua propriedade de 3,5 hectares, no povoado da Mata e comercializando de maneira informal para feiras da ilha de São Luís. Com a criação do Agropolo da Ilha, iniciativa da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), a propriedade de Abdon passou a ser uma das 40 Unidades de Referência de Produção (URPs), recebendo insumos e assistência técnica e conhecimentos de gestão e comercialização.
Atualmente, Abdon produz alface crespa, berinjela, mamão, milho, quiabo, vinagreira, maracujá, maxixe e pimenta de cheiro. “É uma corrente. Quando a gente tem assistência técnica, informação, chances de comercialização, mais a nossa vontade, os resultados aparecem”, disse o produtor.
As URPs do Agropolo da Ilha, localizadas nos quatro municípios (São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar) já exibem bons números de produção de frutas e hortaliças, que já são comercializadas, por intermédio de iniciativas governamentais. Esses produtos já abastecem dois grandes supermercados da capital e, em breve, serão oferecidos também no Restaurante Popular do São Francisco e nos Iema’s e são comercializados por meio de pessoas jurídicas, diminuindo a dependência dos atravessadores e contribuindo para a arrecadação do estado.
“Para nós, já estamos dentro do agronegócio. Aqui, já consigo gerar 10 empregos, diretos e indiretos e comercializamos direto para a Prefeitura de São José de Ribamar e para o PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar]”, destaca Abdon.
De acordo com o secretário da Sagrima, Márcio Honaiser, o grande objetivo dos agropolos é dar aos produtores os meios necessários para ter melhores resultados e valorizar seus produtos. “Nossos produtores têm muita vontade de crescer e essa determinação, unida com a assistência técnica, informações sobre gestão e oportunidades de comercialização, estão gerando resultados muito positivos aqui na Ilha, que é o agropolo piloto, servindo de modelo para os demais que serão instalados em diferentes regiões do estado. O Governo do Maranhão está elevando o patamar tecnológico dos pequenos produtores e inserindo-os no agronegócio, num ciclo de geração de emprego e renda”, destacou.
Abdon Menezes cultiva frutas e hortaliças com assistência do Governo do Estado. Foto: Divulgação
 
A Associação de Pequenos Produtores da Comunidade de Iguaíba está inserida nas URPs do Agropolo da Ilha, recebendo sementes, insumos, assistência técnica e participando de rodadas de negócios, promovidas pela Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Seinc). Os principais produtos produzidos nesta URP são mandioca, acerola e carambola, além de maracujá, mamão, cheiro verde, graviola e outras frutas e hortaliças.
“Tínhamos deficiências na produção e na comercialização, então ficava difícil. Agora, temos condições de produzir mais e ter mais renda. Começamos com 35 produtores, hoje somos 65 e a procura só aumenta. Produzimos sabendo para quem vamos entregar e quando vamos receber. Tem crise para algumas pessoas, mas para nós, ela não existe”, explicou a presidente da Associação de Pequenos Produtores da Comunidade de Iguaíba, Júlia Assunção.
No próximo dia 28, agricultores das Unidades de Referência de Produção apresentarão seus produtos em uma rodada de negócios com a Masan, empresa responsável por serviços de alimentação nas unidades prisionais do estado. A intenção é incluir a empresa na lista de compradores das culturas dos agropolos.
Parceria com instituições financeiras
Mais uma iniciativa voltada para o agropolo e para a cadeia de hortifruticultura, contemplada pelo Programa Mais Produção, são os feirões de crédito, realizados em parceria com os bancos. No final de março, agricultores do Agropolo da Ilha participaram de feirão promovido pela Sagrima, em parceria com a Prefeitura de São Luís e o Banco do Brasil. Iniciativas como essa visam intermediar a relação entre instituições financeiras e produtores, para que estes possam saber mais sobre as oportunidades de acesso a crédito e renegociação de dívidas.

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