O mercado, esta massa amorfa resultante de milhares de decisões individuais possui um senso de razão e uma lógica que a própria lógica desconhece. Se isto não fosse uma verdade, jamais testemunharíamos crises financeiras, como a de 2008 em que os analistas de plantão proclamavam aos sete mares as vantagens em comprar casas financiadas, e de igual modo, recomendavam a compra de ativos financeiros lastreados nestas hipotecas fajutas como excelente oportunidade para investir os recursos para sua aposentadoria. Lembro que a narrativa retórica era tão forte, que ao questionar este modelo explosivo e insustentável de investimento, caberia a você o título de estúpido.
Como se não bastasse, o que dizer sobreescândalos corporativos como foi o caso da Eron, Encol e recentemente Lojas Americanas, que por muito tempo foram consideradas boas empresas para investir. O fato é que todo este cabedal são provas explícitas de quão míopes, para não dizer estúpidos são estes analistas, e por conseguinteeste famigerado mercado ao antecipar ou analisar corretamente os fatos.
A falta de lógica, talvez acinzentada pelo histerismo ou ideologia, impede este mesmo mercado de enxergar os benefícios presentes e futuros do governo Lula. A reforma tributária, além de simplificar a arrecadação de impostos, permitirá maior competitividade as empresas; a política de salário mínimo acima da inflação, devolverá renda para o trabalhador, e portanto mais consumo que implicará em mais emprego; o rompimento do teto dos gastos, permitirá uma atenção básica àqueles em situação de vulnerabilidade social, que hoje representam quase 35% da nossa população; as PPPs(Parcerias Publico Privadas) permitirão ao governo realizar investimentos estruturantes (em infraestrutura) sem onerar os cofres públicos com dívidas ou a população com mais tributos. A âncora fiscal, ocorrerá na forma de responsabilidade com a inflação.
A política social-econômica do governo Lula é simples, transparente e factível. Contudo, de tão explícito e simples este novo arcabouço, os analistas e investidores não conseguem enxergar.
O curioso é que para a população em geral, ou seja, aquela a quem de fato interessa os benefícios de uma política humanitária, 64% avaliam que o governo Lula está no caminho certo. Veja que o presidente foi eleito com um percentual bemmenor, isto sem citar que sua taxa de rejeição era pouca coisa menor que a do seu adversário político, o que indica que tal aprovação não é questão de simpatia e sim proveniente do uso da boa lógica, ainda que o mercado insista em enxergar o oposto.
Desse modo, a julgar pelo comportamento do mercado, claro está que o governo Lula inicia acertando em cheio, de maneira que os benefícios desta politica serão colhidos ao longo de 2024 em diante com crescimento acelerado e inflação sob controle.
O curioso é que este mesmo mercado que hoje atira pedras, será o maior beneficiado com estas políticas. Mundo estranho este em que vivemos, no qual a ingratidão parece ser a mãe de todos os benefícios.
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