A criação de um grupo para
discutir as políticas públicas de crianças e adolescentes em São Luís foi um
dos resultados da Audiência Pública com o tema Políticas Públicas de Combate à
Violência contra Crianças e Adolescentes em São Luís, realizada nesta
segunda-feira, na Câmara dos Vereadores de São Luís. Hoje, terça-feira, é o Dia
Mundial para a Prevenção de Abuso contra as Crianças. O vereador Ricardo Diniz,
autor da audiência, deu o prazo de 10 dias para uma nova reunião com as
entidades e órgãos que estiveram presentes à Audiência, que aconteceu no mesmo
dia em que se comemora do Dia Nacional do Conselheiro Titular, segundo Lei
Federal 11.622/2007. Representantes dos conselhos lotaram as dependências da
Câmara para pedir melhores estruturas para o atendimento às crianças e
adolescentes, principalmente na educação.
De acordo com a secretária
Municipal da Criança e Adolescente de São Luís, Andréa Lauande, existe uma rede
de trabalho para o atendimento à criança e ao adolescente, mas que precisa ser
fortalecida. Segundo ela, a secretaria está trabalhando em várias frentes para
combater aos abusos e maus tratos às crianças e os adolescentes. Entre os
projetos em andamento está a adesão ao “Plano Crack: é preciso vencer!”,
construção do 1º Conselho Tutelar Modelo na área do Coroadinho e outro no Centro,
além do funcionamento do projeto Municipal Família Guardiã.
A delegada da DPCA, Igliana
Terezinha, ressaltou que a atual estrutura da Delegacia de Proteção à Criança e
ao Adolescente não atende às demandas. “Essa estrutura que temos foi o ideal
para 10 anos atrás. Precisamos de mais profissionais para o atendimento”,
ressaltou a delegada. Na opinião dela, a ação preventiva é o melhor para
ajudar, pois as sequelas não saram. “Só entende a dor de uma criança quem vê o
rosto de cada uma daquelas que foram abusadas”, destacou. Na opinião da
delegada, as campanhas nas escolas são essenciais. “As crianças precisam
aprender a se proteger. Hoje temos muitas outras formas de abuso,
principalmente pela internet. O clico tem que ser: conscientização, denúncia e
prisão do agressor”, informou.
O presidente do Conselho
Municipal da Criança e Adolescência, Roberto Heluy, todos os agentes públicos
são importantes para fortalecer esse trabalho. “O Conselho estará presente sempre
que for chamado ou não”, relatou. Para Carlos Sérgio, coordenador Estadual da
Associação dos Conselheiros Tutelares do Maranhão, a luta contra o abuso infantil
é contínua. “Precisamos somar esforços para ajudar a causa, que é muito
complexa”, relatou.
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