Com mais produtividade e lucro, produção de hortifrutis no Maranhão está mais forte

Com mais produtividade e lucro, produção de hortifrutis no Maranhão está mais forte

Resultado já pode ser visto nas prateleiras dos supermercados e na redução no número de importações desses itens

A casa humilde, hoje reformada, já tem ar-condicionado. Os filhos, que iam andando para a escola, agora podem ir de transporte escolar ou de carro. Quem antes trabalhava sozinho ou em família, agora gera empregos. A mudança na vida dos produtores assistidos pelo Governo do Estado é evidente, nas plantações e nos supermercados. 

“Muitas famílias já estão melhorando, inclusive a minha. Eu já tenho carro onde posso transportar minha mercadoria nas vendas do PAA, PNAE, feira do João Paulo. Tive assistência, fiz cursos, aumentou meus conhecimentos”, disse dona Ivanilde Costa Pereira, produtora assistida.

Na cadeia de hortifruticultura, por exemplo, os agricultores assistidos pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) tiveram aumento de 836% nos lucros, o que significa que ganham hoje oito vezes mais do que no início do trabalho, que compreende assistência técnica e gerencial, oferecida pela secretaria em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), entrega de equipamentos, sementes e demais insumos.

“Há três anos o governo por meio da Sagrima nos dá assistência. O Agropolo nos ajudou muito, pois os técnicos nos dão a consultoria necessária para continuarmos fortalecendo nosso negócio, recebemos treinamentos, ganhamos kits de irrigação e tivemos acesso a linhas de crédito com o Banco do Nordeste. Essa assistência técnica melhorou nossa produção, nossos lucros e nos fez crescer, tanto que hoje já comercializamos para alguns supermercados, algo nunca imaginado antes”, comemora Sergimar da Silva, produtor da Pindoba assistido no Agropolo da Ilha.

Por meio dos Agropolos da Ilha, Rio Balsas e Rio Tocantins, mais de 200 propriedades são assistidas na produção de frutas e hortaliças. A produção também aumentou, com destaque para folhosas. Itens como alface, vinagreira e coentro aumentaram de produção entre 14% e 38% cada um, enquanto a produtividade nas lavouras chegou a aumentar em até 62% no cultivo de mamão e 63% no de milho, por exemplo.

De acordo com o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Maranhão (FAEMA), Raimundo Coelho, a parceria com o Governo do Estado é benéfica para todos. “A metodologia de ATeG já vinha sendo utilizada nos outros estados do MAPITO – Piauí e Tocantins – e o governador Flávio aprovou a sua aplicação também no Maranhão, pelo convênio com a Sagrima e assim conseguimos chegar a regiões que precisavam avançar em termos de conhecimento e evoluírem em suas práticas”.

O reflexo desses números está na mesa dos consumidores. A produção dos agricultores assistidos vem sendo comercializada nas feiras livres, nos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (PNAE) e nos supermercados. Hoje, quatro grandes redes de supermercados são abastecidas por frutas e hortaliças produzidas nos Agropolos. Quem for às prateleiras em busca de cebolinha, rúcula, agrião, alface roxa e americana, quiabo, couve-flor, cheiro verde ou outras folhosas vai certamente comprar um produto local. 

Para o secretário da Sagrima, Márcio Honaiser, “é uma grande vitória ver que, com o trabalho que vem sendo desenvolvido, é possível diminuir as nossas importações de alimentos, aumentar a produção e a renda dos agricultores e dinamizar a economia do estado. Como diz o governador Flávio Dino, assim como a educação, a produção também é um caminho para que o Maranhão alcance um novo patamar de desenvolvimento”.