É da mudança o vento que sopra por estas bandas de cá. Após uma sequência de erros de Roseana e cabeçadas de João Castelo, o que antes parecia carta fora do baralho agora constitui um fato, 2012 acaba logo e, precavidamente já trouxe 2014 que traz consigo novas e incontestáveis figuras no centro das decisões da política Maranhense.
Por falta de melhor opção e entendendo muito bem da matemática das eleições, Roseana trouxe para o seu lado W.O, muito mais com a intenção de enfraquecer a força da oposição e passar a mensagem de abertura política do que necessariamente acreditar que estaria lançando um candidato com reais chances de vitorias, a perspicácia da governadora foi tanta, que para o segundo turno resolveu correr com os dois cavalos, liberando seus aliados para optarem por qualquer um dos dois candidatos. Indiferença? Não, apenas bom senso baseado no prenuncio que o ocaso se aproxima.
Por excesso de confiança, que beira a prepotência, Castelo por um momento achou que a reeleição estaria garantida, mas esqueceu que para um povo inteligente, descaso e desmando não convence ninguém, a mensagem era clara, o povo queria mudanças. O que resultou foi a abertura de um espaço vazio, honradamente disputado por Eliziane Gama e sabiamente ocupado por Holanda pai e transferido para Holanda Jr. O espaço foi ocupado por Holanda Jr porque este possuía a melhor articulação dos bastidores e soube agregar nomes de peso ao seu redor como Roberto Rocha e Flávio Dino
Pelo mapa de votação, constata-se claramente que o povo votou pela mudança, a exceção de Castelo, o segundo e terceiro lugar representavam mudanças, no entanto a mudança somente pôde ser consolidada a partir de uma boa articulação, coisa que Eliziane Gama não conseguiu fazer a tempo.
Para 2014 o que temos? Se a dupla Holanda Jr e Roberto Rocha forem inteligentes, e parece que são, irão manter e consolidar a atual articulação além de descarregar todo o gás numa excelente administração, atacando de imediato os problemas de qualidade de vida, sobretudo transporte que assola nossa ilha, e isso passará a mensagem que a mudança existe e tem força, diante de tamanho esforço político conquistar o governo do Estado é apenas uma questão de tempo e, navegando na onda da mudança quem representaria a mudança a nível estadual? Com esta exitosa articulação que foi feita, resta apenas Flavio Dino como o único porta voz da verdadeira mudança, pois além de estar diretamente ligado ao sucesso da nova administração municipal, é o único que possui a liderança necessária para conduzir um empreendimento de tamanha envergadura.
Para Roseana restam apenas duas opções, ou apostar na traição e brigas internas desta nova e potente articulação, ou na ausência de um governo satisfatório que é sua marca registrada, fazer o povo acreditar que Lobão, Gastão Vieira, João Alberto, Luis Fernando e qualquer outro ligado a ela representam mudanças. A preocupação da governadora agora é uma só: procurar quem possa representar mudança ou então apoiar em surdina o inevitável Dino.