Por uma educação pública de qualidade! Foi com essa frase que os professores da Rede Pública Municipal saíram às ruas para reivindicar e cobrar da Prefeitura de São Luís, uma solução consistente para os intermináveis problemas educacionais que vem assombrando a comunidade escolar da capital maranhense.
Faixas - O retrato das escolas de Edivaldo Holanda júnior – A imagem do Abandono; Educação abandonada e escolas destruídas – Prefeitura Omissa; condições de trabalho e segurança nas escolas foram frases utilizadas em protesto ao prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior – que prometeu uma transformação no sistema educacional do município.
Passeata – No embalo das canções em alusão as batalhas vivenciadas pelos professores da rede pública, a multidão de educadores percorreu ruas e avenidas do Centro da cidade até o prédio da Prefeitura de São Luís, onde protestaram por uma educação pública de qualidade.
A paralisação de advertência, segundo a professora Elisabeth Castelo, presidente do sindicato, foi um alerta ao atual governo em relação às problemáticas existentes no espaço escolar que permanecem sem uma solução definitiva – a segurança no ambiente escolar; a regularização do transporte que atende as crianças, principalmente as da zona rural, que dependem exclusivamente do serviço para chegarem a seus destinos; precariedade na infraestrutura das Escolas; construção de creches e escolas em tempo integral; inicio do concurso público; fim dos anexos, além de outros problemas.
Durante a caminhada, os educadores também reivindicaram alguns direitos básicos negligenciados pela atual gestão como: condições dignas de trabalho; valorização do profissional da educação; recursos pedagógicos; melhorias nas redes elétrica, hidráulica e sanitária; bibliotecas; salas de informática e laboratório de ciências.
Leonardo Rabelo, professor da rede pública municipal, disse que alunos e professores vivem em condições desumanas. “Apoio a paralisação, pois devemos ir às ruas cobrar os nossos direitos mediante a uma gestão despreparada que vem corrompendo a educação”, mencionou.
Para a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, a Prefeitura de São Luís não tem cumprido os direitos básicos previstos em lei e por esse motivo a paralisação de advertência no sentido de alertar o prefeito Edivaldo Holanda Júnior sobre a deficiência que se instalou na educação da capital.
“A mobilização em repúdio ao descaso do governo municipal surtiu um efeito categórico, tendo vista que as problemáticas existentes no atual sistema de ensino possam ser solucionadas em caráter de urgência. A passeata em prol da melhoria da educação foi apenas uma medida cautelar para que a gestão fique atenta à crise que se instaurou no sistema educacional. Temos uma pauta de reivindicações que necessita de um olhar mais criterioso do governo e, caso não efetivada, teremos que tomar decisões mais drásticas, como não iniciar o ano letivo de 2016”, pontuou a sindicalista.
O vice-presidente do Sindivig-MA, Daniel Pavão, em nome da categoria, também discursou em protesto a omissão da Prefeitura de São Luís em relação ao atraso do pagamento dos vigilantes da empresa Pas Segurança. “É uma falta de respeito do poder municipal. Apoiamos o Sindicato dos Professores nessa luta que também é nossa. Queremos segurança nas escolas”, protestou.
Comissão – Após uma intensa mobilização de protesto em frente ao prédio da Prefeitura, uma comissão formada por 14 professores e a diretoria do Sindeducação – Gestão Renovar e Avançar na Luta – se reuniram com os secretários Lula Fylho e Moacir Feitosa, de governo e educação, respectivamente, para discutirem as pautas reivindicadas no decorrer da mobilização.
Entre as pautas estão o início do concurso público para os profissionais da educação; a estruturação das redes de educação infantil, ensino básico, EJA, investimentos na educação especial, reforma imediata das unidades; nomeação dos membros dos conselhos municipal, Fundeb e Alimentação Escolar; reajuste salarial; entre outros assuntos que serão discutidos na reunião que acontecerá na quarta feira, 24 de fevereiro às 15h nas dependências da Semed.
Também esteve presente as professoras Orfisa Surama e Isabel Cristina Dias, dirigentes sindicais, e o professor Benedito Oliveira Filho, diretor financeiro do Sindicato.