quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA: A PREFEITURA SO NÃO FAZ SE NÃO QUISER!!



Em pleno século XXI, caracterizado pelo avanço sem precedentes da tecnologia, boa parte das grandes cidades ainda não conseguiu deixar no passado algumas práticas civilizatórias digna da idade média, ainda hoje somos obrigados a conviver com o analfabetismo, a falta de saneamento básico, a pobreza e, pasmem, o tratamento do lixo na forma de aterro sanitário. 
A prática medieva de destinar um local longe do centro urbano para receber os resíduos de toda uma população, cria um cenário no mínimo desalentador, caracterizados por homens, mulheres, crianças e idosos em condições precárias de sobrevivência, disputando palmo a palmo com os urubus de um lado e a rapidez e impessoalidade das máquinas de outro, um resto daquilo que foi obtido da exploração do homem pelo homem, quanta decadência. Como se não bastasse, a prática do aterro sanitário contamina o lençol freático e,com o passar do tempo a sua água pura conterá muito mais elementos nocivos do que qualquer coca cola ou carburante. Se não muito bem planejada esta obra prima da engenharia ambiental, pode até mesmo provocar sérias explosões, uma vez que a produção de gás a partir da decomposição dos resíduos ao se acumular em camadas intermédias cria a condição ideal para a explosão. O pior de tudo, é que por se encontrar longe dos centros urbanos, esta degradante realidade passa despercebida da maioria dos habitantes. 
Em tempos de consciência ecológica e de discussão acerca do pacto de integração, seria no mínimo responsável e prova de boa fé do administrador público, pelo menos trazer para a pauta da discussão o problema do tratamento do lixo. Para uma cidade como São Luis, é inadmissível que o lixo produzido receba o tratamento dispensado até então. Como prova de bom senso e verdadeira preocupação com o tema, as prefeituras (e porque não o próprio Governo) deveriam implantar projetos bem sucedidos nesta área, como foi o caso do Estado do Rio de Janeiro, que ao assumir com responsabilidade a Política Nacional de Tratamento dos Resíduos Sólidos fez de forma magistral, adotando a idéia das Usinas de Tratamento Industrial do Lixo. A vantagem deste modelo é que além de banir de uma vez por todas o cenário degradante do aterro sanitário, e de quebra a luta desigual entre homens, máquinas e urubus, tal modelo propicia geração de emprego e renda para estes catadores criando além de qualidade de vida, um ciclo virtuoso na economia periférica, uma vez que renda gera consumo. De quebra, tal modelo ainda permite a geração de energia, garantindo com isso acesso dos excluídos a este bem. 
Como visto, a solução existe e está tecnológica e economicamente disponível, ao alcance de toda e qualquer prefeitura. Porém se não o fizerem é porque não têm interesse mesmo, nem na geração de renda e nem com o rompimento da prática medieval e degradante do cenário do lixão e tampouco na preservação do meio ambiente.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário