quinta-feira, 30 de março de 2017

Agricultores familiares colhem produção em terra adquirida pelo programa nacional de crédito fundiário

 
“Hoje estou nadando na felicidade e afogado na alegria. Tudo isso é um desastre de felicidade. Nós fomos a associação pioneira a ser assentada pelo crédito fundiário no maranhão depois que foi restaurado”, todo emocionado exaltou o presidente da Associação dos Produtores Rurais do povoado Cigana, no município de Tuntum, José de Ribamar Elias, conhecido como seu Riba Soró.
A felicidade de Riba é porque as 39 famílias que receberam 973 hectares de terra para produzir e morar e fomento de quase 500 mil para projetos produtivos estão colhendo a produção de milho e arroz, sementes entregues pelo governo do estado. “Este ano, pela primeira vez nós produzimos numa terra nossa”, concluiu Riba.
 
“A emoção é grande quando sabemos que nossa luta está mudando a vida de quem realmente precisa. O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) estava sem avanços há nove anos no Estado. No governo Flávio Dino conseguimos destravar o Programa e esta associação foi a primeira a ser beneficiada. Em dezembro do ano passado as famílias receberam 973 hectares de terra e, em janeiro deste ano, receberam R$ 472.662,84 do Subprojeto de Investimentos Comunitários (SIC) – um recurso não reembolsável, para arranjos produtivos”, explicou o secretário de Estado da Agricultura Familiar (SAF), Adelmo Soares.
O secretário informou ainda que foram investidos na associação R$ 2.752.499,49 para aquisição da terra e fomento para projetos produtivos.
Seu Antônio Ferreira, que também é um dos beneficiários da associação, está muito contente porque agora tem 24 hectares de terra para produzir e está aproveitando bastante. “Quando recebi a terra eu disse: Conversa moço?! Gente fraca não dar conta nunca de trabalhar nessa área tão grande! Mas já plantei fava, mandioca, arroz e, com 10 kg de sementes de milho, que recebi do Governo, eu plantei 4 hectare”, seu Antônio tem 51 anos, tem oito filhos e casado com dona Antônia Fernanda. Com a produção de milho seu Antônio vai usar para fazer ração para alimentar porcos e aves.
 
Segundo o coordenador da Unidade Técnica Estadual (UTE), João Batista Rios, a atenção ao produtor rural é uma prioridades na execução do trabalho. “É um presente para nós e para todas essas famílias essa oportunidade de terem sua terra. É merecido. Estamos realizando esse e já tem outros contratos no forno, para que os agricultores tenham dias melhores. Para que sejam visíveis e tenhamos um Maranhão melhor, onde eles terão garantia à terra”, declarou.
No mês de dezembro de 2016, no Palácio do Leões, onde as famílias receberam das mãos do governador Flávio Dino, a escritura da terra, o secretário executivo adjunto da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Jefferson Coriteac informou que para este ano, a expectativa da Sead é ampliar o Programa e atender outras 200 famílias só no Maranhão.
 
Na oportunidade Jefferson destacou ainda a importância de oferecer, além da terra, a informação para o fomento da produção. “Estamos fortalecendo também o trabalho de assistência técnica aqui no estado. Não adianta apenas ter a terra. Tem que haver também a orientação para que os agricultores tenham toda a atenção necessária para melhorar a produção”, explicou o secretário executivo.
Sobre o PNCF
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria de Reordenamento Agrário, desenvolve o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) que oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento. O recurso ainda é usado na estruturação da infraestrutura necessária para a produção e assistência técnica e extensão rural. Além da terra, o agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma. Quem executa o programa no Maranhão é a secretaria de Estado da Agricultura Familiar por meio da Unidade Técnica Estadual.

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