quarta-feira, 31 de maio de 2017

Deputado Wellington fiscaliza recuperação da Barragem do Bacanga e solicita brevidade na conclusão das obras

Por meio da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Wellington do Curso (PP) realizou visita de fiscalização às obras da Barragem do Bacanga. A visita foi feita na tarde da última terça-feira (31), após inúmeras denúncias quanto à paralisação das obras e contou com a presença de representantes do Governo, da empresa responsável pela obra na barragem e dos também deputados estadual Fábio Braga (SD) e Eduardo Braide (PMN).
“Nosso objetivo é vistoriar tais obras e solicitar a finalização, em caráter de urgência, do serviço. Quem está sendo prejudicado é a população e isso tem que ser ponderado”, pontuou Wellington.
Durante a visita, vários moradores e pescadores desabafaram quanto aos prejuízos de tal obra que ainda não foi concluída.
“Em 2015, eles jogaram pedras de forma desesperadora, mas sem pensar nas consequências. Esqueceram que aqui existem famílias que dependem da pesca. Após essa atitude, prejudicou o nosso trabalho, pois as pedras soltam um pó, tipo rezinas, e ainda impedem de os peixes passarem. Além disso, ainda temos que depender deles para abrirem a comporta, para poder renovar a água do Lago e assim, podermos pescar o que ainda existe. Enquanto não renovarem a água, não teremos peixes”, desabafou o pescador Domingos.
Sobre toda a situação, Wellington ouviu os relatos da população e oficializou algumas solicitações emergenciais que serão encaminhadas ao Governo do estado.
“Além de impactos ambientais, temos também impactos sociais. Foi por isso que a Comissão articulou essa visita e, agora, já há a data de entrega da obra, marcada para o dia 21 de agosto, segundo representante do Governo. Essa foi a primeira etapa. Agora, continuaremos vistoriando e acompanhando. Nosso objetivo é fazer com que a Reforma da Barragem do Bacanga impeça, de fato, os alagamentos e permita que os pescadores continuem trabalhando dignamente”, pontuou Wellington.
Entre os encaminhamentos da visita, há a recuperação emergencial da passarela da ponte sobre a barragem; a renovação da água do Lago do Bacanga para a oxigenação e entrada de peixes e a realização de um estudo ambiental no Lago do Bacanga diante do impacto do novo projeto de comporta executado.

Sedel recebe visita da atleta Iziane Castro

 
Na tarde de segunda-feira (29), o secretário de Estado de Esporte e Lazer, Márcio Jardim, recebeu a visita da jogadora de basquete, Iziane Castro, presidente do instituto que leva seu nome: o Instituto Iziane Castro. Na pauta, o apoio do Governo do Estado, pelo segundo ano consecutivo, ao projeto “Liberdade com Basquete”.
Durante o encontro Iziane Castro falou do ‘Liberdade com Basquete’, desenvolvido pelo instituto, e sobre a importância do apoio do Governo do Estado a projetos como esse. “O projeto visa à inclusão social através do esporte, na comunidade da Liberdade e adjacências, promovendo escolinhas de basquete, futsal e handebol para crianças do ensino público. Agradeço o apoio que temos do governo que é essencial e fundamental para a promoção do esporte. Quando falamos desse apoio, a uma área de vulnerabilidade social muito grande, também estamos falando em salvar com segurança pública e promover a saúde que é um direito de toda criança”, destacou.
O secretário Márcio Jardim mostrou-se contente em receber a atleta na sede da Sedel. “É com grande satisfação que recebo Iziane, pois além de ser uma grande atleta de destaque nacional e internacional, ela desenvolve projetos que é de fundamental importância para o desenvolvimento social do estado. O governo Flávio Dino não mede esforços para apoiar ações de alcance social que garantem o acesso ao esporte”, disse Jardim.
De acordo com o secretário, este ano o projeto será ampliado com mais modalidades esportivas para atender um número maior de crianças.
Sobre o Instituto Iziane Castro
Fundado em 2014, o Instituto Iziane Castro atende a crianças carentes com idades entre 9 a 12 anos, que residem na região da Liberdade e estudam em escolas públicas, desenvolvendo atividades de incentivo à arte, a cultura e ao esporte. A sede está localizada na Rua Alberto de Oliveira, 107, no bairro da Liberdade Atualmente, a instituição desenvolve o projeto ‘Liberdade com Basquete’, com 100 crianças da região e adjacências.

Deputado Wellington solicita ao Ministério Público apuração de denúncias em Anapurus

Durante sessão plenária desta quarta-feira (31), o deputado estadual Wellington do Curso (PP) utilizou a tribuna para apresentar ofício que será encaminhado ao Ministério Público. A solicitação tem por objetivo fazer com que a Promotoria apure algumas denúncias, a exemplo das contratações irregulares e da prática de nepotismo, isto é, quando há parentes do Gestor sendo empregados na Administração. Pública.
O ofício que será encaminhado é um dos encaminhamentos da audiência pública que aconteceu no dia 16 de maio e abordou a convocação dos aprovados no concurso.
“De acordo com vários relatos que ouvimos durante a audiência pública, há fortes indícios referentes à malversação de recursos públicos oriundos do Instituto Previdência Municipal de Anapurus/MA, já que inúmeras aposentadorias foram canceladas sem qualquer justificativa. Além disso, há também a necessidade de se apurar as denúncias quanto à prática de nepotismo direto/cruzado em Anapurus. De acordo com relatos de aprovados vários servidores em cargos comissionados são parentes da Prefeita e isso precisa ser apurado. O certo é que, até o presente momento, nenhum aprovado em concurso foi nomeado. Em compensação, a Prefeitura, embora esteja com uma lista de aprovados em concurso público, acaba por realizar contratações temporárias com indícios de irregularidade. Isso precisa ser apurado”, pontuou Wellington.

Informativo da Câmara Municipal de São Luís

Sagrima treina equipe do Viva para emissão de dispensa de licenciamento ambiental

Buscando a maior disseminação do novo sistema de dispensa de licenciamento ambiental para pequenas propriedades, alinhada às ações de agregação de serviços no Viva, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) realizou treinamento a servidores do órgão, na unidade do Shopping da Ilha, em São Luís.
O sistema de preenchimento de autodeclaração de dispensa de licenciamento ambiental para pequenas propriedades, disponível no site da Sagrima, foi reformulado e está agora totalmente online, permitindo a emissão do documento em qualquer município do Maranhão, bastando preencher a autodeclaração de dispensa no site da Sagrima (www.sagrima.ma.gov.br).
Mais de 20 servidores do Viva participaram da capacitação. Para o presidente do Procon/Viva, Duarte Jr, ter mais esse serviço permite que o cidadão tenha cada vez mais acesso aos seus direitos. "O Viva e um grande balcão de serviços públicos e através desses canais, garantimos a prestação desses serviços com qualidade, comodidade e segurança aos cidadãos, em todas as regiões. Cada vez mais estamos buscando parcerias como essa e ter a Sagrima como parceira é uma grande alegria", destaco
O Governo do Maranhão, através do Decreto nº 31109, criou a dispensa da exigibilidade de licenciamento ambiental para atividades de baixo impacto em propriedades de até quatro módulos fiscais, com o objetivo de promover a regularização ambiental das propriedades rurais do Maranhão e incentivar a produção agropecuária.
Para o secretário da Sagrima, Márcio Honaiser, a parceria entre órgãos e setores do governo é fundamental para que serviços e ações cheguem ao seu principal beneficiado, que é a população. "Com a presença do Viva se fortalecendo cada vez em todo o estado, a divulgação e atendimento da dispensa por meio do órgão vai ajudar bastante no sucesso dessa iniciativa, que já vem sendo divulgada nas feiras e eventos agropecuários, nas Agritecs e em campanha publicitária", disse

Arraial “Pertinho de Você” gera centenas de empregos diretos e indiretos

O Arraial “Pertinho de Você”, que fica ao lado da Batuque Brasil, gera cerca de 800 empregos diretos e indiretos; Festa junina movimenta o comércio e em tempos de crise é um alento para ambulantes e trabalhadores informais

O Arraial Pertinho de Você gera, direta e indiretamente, 800 postos de trabalho, apenas na entrada, onde se aglomeram cerca de 100 vendedores ambulantes
O Arraial mais comentado de São Luís vai começar no próximo sábado (3), a partir das 19 horas e contará com uma vasta programação. Com uma mega estrutura de palco, som e luz e muita segurança, os dias de festas juninas prometem ser o melhor de todos os tempos em São Luís. A entrada é de graça, não paga nada, mesmo nos dias dos grandes shows.
Bom para os comerciantes que instalaram barracas para venda de produtos e comidas típicas de nossa região, como arroz de cuxá, peixe frito, tortas de camarão, caranguejo e muitos outros quitutes. O arraial vai reunir os melhores do São João do Maranhão. Mistura de raças, crendices e tradições serão apresentados durante todo o mês de junho.
Geração de Emprego e Renda
O Arraial Pertinho de Você é também uma garantia de emprego e renda às famílias ludovicenses, uma vez que direta e indiretamente são empregados cerca de 800 pontos de trabalho, apenas na entrada do local do evento, se aglomeram cerca de 100 vendedores ambulantes, em virtude da sua grande concentração de público, ano passado, foram mais de 200 mil pessoas que participaram do arraial.
Os dias que antecedem ao evento, são gerados 100 pontos de trabalho na construção de barracas e na infraestrutura do local, como a decoração impecável que está sendo montada.
Trabalhadores da construção civil, marceneiros, serralheiros e muitos outros profissionais são aproveitados durante o período de cerca de um mês, que ocorre o arraial pertinho de você.
Em tempo: O Arraial “Pertinho de Você” além de gerar empregos e renda, cria também grande expectativa no público que promete ser o maior desde 2014, quando começou a festança.
E mais: O Arraial é coordenado pelo vereador, presidente da Câmara de São Luís, Astro de Ogum que conta com o apoio do governador do Maranhão, Flávio Dino e do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior.
Pra fechar: Invejosos, incompetentes e opositores se revesam em criticar o evento idealizado e organizado pelo vereador Astro, sem levar em conta o relevante interesse social que o arraial proporciona à trabalhadores, trabalhadoras e a comunidade em geral.

Ritual da Menina-Moça e a luta da Nação Guajajara pela preservação da tradição secular

Ritual da Menina-Moça e a luta da Nação Guajajara pela preservação da tradição secular

Quatro horas da tarde na aldeia indígena Lagoa Quieta, município de Amarante, a 602 km de São Luís. O sol a pino lança seus raios sobre as copas das árvores que circundam um conglomerado de 20 casas de taipa cobertas de palha. No meio da aldeia avista-se uma espécie de oca, na qual estão confinadas seis meninas índias, entre 11 e 12 anos.
Dentro da oca reina total silêncio. Não há janelas, apenas uma pequena porta, por onde só podem passar as índias mais velhas. Não existem utensílio doméstico. Redes armadas nos caibros de juçareiras são levemente embaladas pelo vento que entra através das frestas deixadas pelas palhas que revestem as paredes.
As indiazinhas se mantêm o tempo todo em círculo e de cabeça baixa, como se estivessem em permanente estado de meditação.
Perto dali, em outro ponto da aldeia, cânticos em idioma tupi-guarani começam a ser entoados apenas por vozes masculinas.
Na estrada de terra batida que dá acesso à aldeia também está movimentada desde às primeiras horas da manhã quando iniciou-se o tráfego de caminhões trazendo em suas carrocerias e boleias dezenas de índios. Mulheres com crianças no colo, jovens e adolescentes descem carregando redes e sacolas e se arrancham nos barracões.
Fogos de artifício anunciam que neste dia haverá um grande evento. Cada comitiva de visitantes que chega é saudada com muita euforia pelos habitantes da aldeia.
Este é o cenário da Festa do Moqueado na aldeia Lagoa Quieta, também chamada de ‘Ritual da Menina-Moça’, tradição secular que vem sendo preservada pela nação indígena Guajajara, uma das maiores do Brasil. A maior parte dos guajajaras habita a reserva Arariboia, no Maranhão, abrangendo os municípios de Grajaú, Amarante e Santa Luzia,
O Ritual da Menina-Moça é realizado anualmente no mês de setembro. A festa reuniu na aldeia Lagoa Quieta cerca de 200 visitantes, entre índios de outras aldeias guajajara e também de outras tribos, como os Karipunas, do estado de Roraima.
Também contou com a presença de antropólogos, representantes da Funai, da Secretaria de Direitos Humanos e religiosos.
TRADIÇÃO SECULAR
O Ritual da Menina Moça, também chamado de Festa do Moqueado, acontece quando a menina índia tem a sua primeira menstruação. Simboliza a transição entre a infância e a chegada à vida adulta. Após ser submetida ao ritual, a garota está apta a namorar, casar, gerar filhos e executar todos as atividades das mulheres adultas da tribo. 
A cabana construída de palha e caibros de juçareira, em formato circular, na qual as seis meninas estão confinadas, se chama ‘tamuio’ e foi construída pelos pais, tios, irmãos e avôs.
O ‘tamuio’, na crença indígena, simboliza o casulo onde a borboleta (menina-moça) permanece até completar a sua formação para a vida adulta. Após a primeira menstruação, as meninas-índias são confinadas nesta oca, na qual só é permitida a entrada das avós, mães, tias e irmãs mais velhas para os aconselhamentos e o preparo para o ritual que as transformará em mulheres.
No interior do tamuio, a índia Maria Santana Guajajara, considerada a matriarca da aldeia Lagoa Quieta, prepara a neta Rebeca para o ritual. “Essa festa é muito importante para as nossas meninas porque elas vão receber a proteção dos espíritos dos nossos ancestrais. Eles vão protegê-las de todo o mal”, explica.
Rebeca, 12 anos, tem um biotipo diferente das outras meninas-moças.  Sua pele é branca, os cabelos louros e os olhos claros. A mãe é guajajara e o pai não-índio. Para manter a tradição, a garota tem que passar pelo ritual. Enclausurada no tamuio, ela se mostra muito tranquila e afirma que faz questão de participar da festa. Rebeca diz que foi muito bem orientada pela mãe e a avó para a nova vida de mulher adulta na tribo.
O cântico em tupi-guarani, nas vozes masculinas, que começa a ser ouvido por toda a aldeia exatamente às quatro da tarde, é o momento em que as meninas-moças devem sair do ‘tamuio’ para a apresentação à tribo.
Durante o ritual as meninas trocam as vestes duas vezes, ajudadas pelas mães, tias e avós. No início usam uma saia longa na cor vermelha. Os seios, braços e costas ficam desnudos e são pintados com uma tinta azul escura feita do sumo do jenipapo, fruta nativa.
Uma espécie de véu cobre parte do rosto das garotas, que exibem no pescoço adornos de miçangas coloridas e sobre os ombros penas de cor branca.
Antes do término da festa, já ao amanhecer, as meninas precisam retornar ao ‘tamuio’ para trocar a saia vermelha por outra na cor branca. As penas brancas que foram coladas no seu corpo e nos adereços serão trocadas por outras na cor amarela, que simboliza o sol.
SAUDADAS COM CÂNTICOS E DANÇA  
Os cânticos masculinos se tornam mais altos na aldeia, acompanhados por tambores e maracás. São pais, avôs e tios que cantam e dançam em círculo, anunciando que é hora de as meninas-moças deixarem o confinamento para participar da festa.
Sempre em silêncio e de cabeça baixa, as indiazinhas saem do ‘tamuio’ protegidas pelas mães e avós, que também entoam cânticos, e seguem ao encontro dos pais, avôs e tios. Um círculo se forma em volta das garotas em uma dança que simboliza o abraço, o afago e a proteção dos ancestrais. Toda a tribo dança. Os visitantes também acompanham a coreografia dos guajajaras.
Dança e música se prolongaram por toda a noite até o amanhecer. Foram entoados mais de 40 cânticos em tupi-guarani, cujas letras falam de animais e dos personagens da natureza, como sol, lua, estrelas, rios e matas.
Durante a festa foi servida uma bebida à base de mandioca que manteve os índios acordados, cantando e dançando sem parar - homens, mulheres e crianças. 
Edivan Guajajara, compositor das músicas que foram entoadas durante o Ritual da Menina Moça, explica que todas as composições falam sobre a importância da preservação da natureza. “Se não há animais para caçar, rio para beber a água e as florestas para viver, nós índios vamos morrer”, afirma ele.    
O ritual da ‘Menina-Moça’ de Lagoa Quieta foi comandado pelo tamoio Guajajara, líder e pajé da aldeia, uma espécie de sacerdote, a mais alta patente da tribo. O tamoio é o mais velho da comunidade indígena, que tem a missão de preservar as tradições guajajara e ensinar aos mais novos todo o ritual.
Durante todo o decorrer da festa, o Tamoio Guajajara, que a comunidade afirma ter mais de 100 anos, foi revelando às garotas os conhecimentos dos ancestrais indígenas, na linguagem nativa que só eles entendem.
É HORA DE SERVIR O MOQUEADO
Quando o barulho dos fogos de artifício se mistura aos cânticos, é sinal de que o dia já amanheceu e o ritual está chegando ao fim. É nessa hora que começa a ser servido o banquete que dá origem à Festa do Moqueado.
O moqueado também tem toda uma simbologia na tradição do povo guajajara. Significa a fartura de alimentos e também a partilha entre todos os habitantes da aldeia.
Os preparativos começam cerca de dois meses antes do Ritual da Menina Moça. Primeiro decidem a data da festa, em seguida os homens da tribo se embrenham na mata para caçar a comida que será servida no banquete.
Todo o tipo de caça é permitido - macacos, pacas, cotias, veados e não pode faltar o alimento mais importante da festa: a tona ou nambu, um pássaro nativo da região.
A carne da tona tem um valor maior para os índios porque é usada durante o ritual para garantir proteção espiritual às meninas-moças. Partes da ave defumada são passadas nas axilas, tornozelos e pulsos das garotas. Se nenhuma tona fosse caçada, não haveria como realizar a festa.  
Os homens da tribo permanecem por cerca de um mês dentro da mata à procura das caças. Quando retornam à aldeia, os animais abatidos tiveram seus corpos salgados inteiros, dos pés à cabeça. Depois foram colocados para defumar sobre um jirau com brasa, permanecendo neste processo de defumação por cerca de 30 dias.
Um dia antes do ritual, toda a carne da caça, já totalmente ressecada, é cortada e colocada em grandes panelas, onde permanece fervendo até o amanhecer. Pela manhã, o moqueado é levado para o terreiro e compartilhado com todos habitantes da aldeia e visitantes.
A cabeça, miolos e olhos dos macacos são os pedaços mais disputados pela comunidade indígena de Lagoa Quieta. Ao visitante não é permitido rejeitar o moquedo quando lhe é oferecido por algum nativo, ato considerado grande desfeita pelos índios.
TRADIÇÃO AMEAÇADA E RASTRO DE VIOLÊNCIA
Apesar da preocupação e luta da Nação Guajajara em manter a tradição, que já sobrevive por cerca de 380 anos, diversos fatores vêm dificultando, a cada ano, a realização da Festa do Moqueado. Os principais são as queimadas, que destroem as reservas florestais e matam as caças, e o avanço dos madeireiros sobre os territórios indígenas do Maranhão.
Os jovens das aldeias Guajajara também já não demonstram mais interesse em participar da festa.
No ano passado, o fogo atingiu mais de 20% da reserva indígena Arariboia no Maranhão, onde se concentra a maior parte dos guajajaras. Em 2015, o estrago foi ainda maior, deixando mais da metade dos 413 mil hectares do território totalmente em chamas.
Os guajajaras, também conhecidos como tenetearas, são um dos povos indígenas mais numerosos atualmente no Brasil. Habitam onze terras indígenas situadas no Maranhão. No censo de 2010, sua população era de 23 949 pessoas.
Conforme dados parciais do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas, de autoria do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em 2016 ao menos 12 índios foram assassinados no Maranhão, dos quais seis guajajara mortos nos meses de novembro e dezembro. Outros cinco da Terra Indígena Arariboia foram assassinados entre março e agosto.
Violências contra o patrimônio - invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e demais atentados somaram 14 denúncias vindas de terras indígenas de todo o estado no ano de 2016. Na TI Arariboia, cerca de 70% do território queimou nos incêndios de 2015 e 2016.
PRECONCEITO AFASTA ÍNDIOS DA UNIVERSIDADE
A jovem universitária Kari Guajajara, de 19 anos, que no registro de nascimento se chama Maria Judite, preocupa-se com o seu povo e luta pela preservação dos rituais da sua tribo. Ela é uma espécie de jovem liderança que está à frente de todas as batalhas de preservação do seu povo. E o Ritual da Menina-Moça é uma delas.
Kari nasceu na aldeia Lagoa Quieta, onde se alfabetizou. Iniciou o Ensino Médio em escola pública de Grajaú e concluiu em São Luís. Aos 16 anos foi aprovada no vestibular da Universidade Federal do Maranhão para o curso de Jornalismo e, logo depois, para o de Direito, que deve concluir daqui a dois anos. Kari ingressou na universidade pública por meio das cotas para índios.
Politizada e integrante de entidades nacionais e internacionais em defesa dos povos indígenas, Kari divide o seu tempo entre o campus da UFMA em São Luís e a sua aldeia Lagoa Quieta. Todos os finais de semana ela enfrenta 16 horas de viagem de ônibus para ficar em contato com a sua tribo.
Além das queimadas e a invasão das áreas de proteção indígena por madeireiros, a universitária guajajara destaca outro problema que maltrata os índios como qualquer outro: o preconceito.
Kari afirma que a forma como os jovens indígenas são tratados pelos não índios quando saem das aldeias para frequentar escolas ou universidades é revoltante. “Sofremos muita discriminação. Olham pra gente de forma diferente, falam coisas que machucam. O preconceito faz com que os índios abandonem os estudos. A taxa de evasão das universidades é muito alta”, explica.
Kari conta que já teve que sair de uma sala de aula para chorar diante de um ataque de discriminação por ser índia. E o agressor foi um professor no curso de Direito. Ela também acredita que o preconceito afasta os jovens guajajara do Ritual da Menina-Moça e também de outras tradições da tribo.
Outro grande temor de Kari é que as novas gerações deixem de dar continuidade às tradições da Nação Guajajara, mas ela garante que por toda a sua vida pretende continuar lutando pela preservação da festa. “Realizar o Ritual da Menina-Moça é manter vivo o meu povo, as minhas raízes indígenas”.
E após concluir o curso de Direito, o sonho de Kari é torna-se magistrada sem afastar-se da sua aldeia e nem da luta em prol da causa indígena. “Quero um dia ver a nação indígena respeitada no nosso País”, disse.       

Associação de Surf realiza mais um Feijão Surf Music neste sábado (03).


A feijoada tem como obJetivo angariar fundos para dar continuidade às atividades relativas ao ano de 2017 pela associação Asboa.
A Associação de Surf e Bodyboard do Olho D’água (ASBOA) realiza neste sábado (03), mais um Feijão Surf Music. Esse ano a 3ª Feijoada ASBOA vem regada ao som de reggae, surf music, rock, break, tambor de crioula entre outros ritimos.
A Associação pretende colocar também sua escolinha comunitária de surf e bodyboard mas para isso precisa de apoio na compra de equipamentos e materiais.
O presidente da Associação, Rogério Verde destaca o potencial do nosso litoral para este tipo de modalidade esportiva. “Nosso litoral é enorme e o surf hoje é modalidade olimpica, temos que aproveitar esse potencial e incentivar nossos jovens na prática do Surf, firmou.
A ASBOA já se tornou referência na promoção do esporte na Ilha sempre envolvendo as mais diversas modalidades como surf, bodyboard, skate, bike entre outros e agora na feijoada não seria diferente, a idéia é justamente a divercidade musical, cultural e esportiva.
- ONDE
A Associação funciona na AV. Ivar Saldânha nº 130 Olho D’água no ponto final da Linha (Olho d’água) – Local do Evento (Descida da Praia)
- QUANDO
Dia 03 de junho de 2017
13:00hs às 22:00hs
- QUANTO
R$ 10,00
- ATRAÇÕES
Dj Julho Surf (vinil), Dj Spide Man
Bandas Lucas Mariach, Jugbandblues
Revolução das ruas (breakdance)
BINGO
Uma caixa de cerveja e um galeto (cartelas R$ 5,00)

Assembleia aprova projeto do Deputado Zé Inácio que garante vigilância armada 24h em agências bancárias


A Assembleia Legislativa votou e aprovou nesta terça-feira (30) o projeto de lei de autoria do deputado Zé Inácio, que visa a contratação de vigilância armada para atuar 24h por dia nas Agências Bancárias Públicas e Privadas do Maranhão, inclusive em finais de semana e feriados.

Segundo Zé Inácio, “a segurança dos estabelecimentos bancários através de equipamentos eletrônicos ainda é muito fraca, e por isso há a necessidade de se estabelecer uma política de segurança interna mais eficiente, por meio da contratação de vigilantes que atuem de forma preventiva 24h por dia no interior dos bancos. E é isso que o nosso projeto de lei busca: valorizar a vida acima de tudo, respeitar e preservar a integridade física dos usuários e funcionários dos bancos, garantindo a segurança e a tranquilidade da população".

O projeto prevê ainda que nas agências deve haver também um meio pelo qual os vigilantes possam bipar ou fazer contato direto com a sala de operações da Polícia Militar do Maranhão, além da existência de uma sirene do lado externo do estabelecimento para chamar a atenção de transeuntes e inibir a ação de delinquentes, tendo em vista que na maioria dos casos a Polícia é acionada depois de mais de uma hora, impossibilitando a imediata e efetiva repressão dos criminosos.

O parlamentar Zé Inácio também destacou que o referido projeto é uma forma de intensificar a segurança nos estabelecimentos bancários, mas que não substitui o trabalho da Polícia Militar. "O que se propõe é uma ação conjunta dos vigilantes que atuarão no interior dos bancos junto à Polícia Militar do Estado com o objetivo de garantir um direito fundamental, que é a segurança da população que utiliza frequentemente os estabelecimentos bancários", ressaltou o Deputado.

Vale destacar que mais de 80% dos assaltos a bancos em 2016 no Maranhão ocorreram nos finais de semana e no período noturno, e por isso que o projeto de lei prevê a atuação preventiva dos vigilantes no interior das agências também aos finais de semana e feriados, 24h por dia.

Representantes do Sindicato dos Vigilantes do Maranhão estiveram na Assembleia em apoio ao Deputado Zé Inácio, autor do projeto de lei em questão, que já foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares e será encaminhado ao Governo do Estado para que possa ser sancionado. Para os vigilantes, o projeto é relevante porque prima pela segurança da população e garante postos de trabalho à categoria.

Foto 1: Daniel Pavão, vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes do Maranhão, deputado Zé Inácio, Raimundo Raposo, presidente do Sindicato dos Vigilantes do Maranhão.

Félix Alberto Lança o Projeto "Maio, Oito e Meia" com sucesso e brilhantismo

O lançamento do livro" Maio, Oito e Meia" Crônica de uma geração em movimento, do jornalista e escritor  Félix Alberto foi memorável e brilhante. O projeto Maio, Oito e Meia exibiu também o filme que mostrou as agitações politicas e culturais da década de 80, no palco dos festivais de música na Universidade federal do Maranhão. O evento foi mais do que uma simples solenidade. Na verdade, foi uma noite consagrada á celebração da alegria e de reencontro de pessoas queridas que dedicaram suas vidas naquela época sombria marcadas por lutas, paixões e inquietações. Tinha pessoas de todas as matizes e cores, com inclinações  ideológicas de variados segmentos políticos e culturais. Foi um momento memorável encontrar amigos da velha guarda e recordar os bons tempos da UFMA. Outros aproveitaram para simplesmente trocar abraços e afetividade, sorrir e se deleitar com a presença de antigos colegas de curso, de grogue e de grude, como diz Chico Buarque na canção. Num momento de profunda crise politica e econômica, marcada pela carência de lideranças politicas expressivas, de ideais humanitários capazes de nortear o sonho das novas gerações, a experiência vivida por essa turma serve, se não como um exemplo a seguir, pelo menos para nos dar a certeza da lição ensinada por Geraldo Vandré: quem sabe faz a hora não espera acontecer! essa foi a maior contribuição dessa geração! se acertaram ou erraram não importa: o que interessa é que viveram intensamente um momento importante da nossa história! e hoje cada um deles já pode dizer aos filhos, netos e aos que quiserem ouvir. "Confesso que vivi"
 

terça-feira, 30 de maio de 2017

“Foi uma tragédia anunciada”, declara deputado Wellington durante vistoria na UEB Jackson Lago e reunião com pais e professores

O deputado estadual Wellington do Curso (PP) se reuniu, pela terceira vez, com pais e professores da UEB Jackson Lago, na Cidade Operária e cobrou ações de urgência na escola por parte da Prefeitura de São Luís. O que motivou mais uma reunião foi o descaso com a escola por parte da Prefeitura. Ontem, parte do teto da escola desabou, durante chuva que caiu na capital maranhense.
O parlamentar convidou para a reunião a professora Elizabeth Castelo Branco, presidente do Sindicato Municipal dos Professores de São Luís; Adelmano Benigno, presidente da Comissão de Educação da OAB-MA, professores e pais de alunos.
A presidente do Sindicato, Elizabeht, solicitou aos professores e a direção da escola que comuniquem a Secretaria Municipal de Educação sobre o ocorrido e suspendam as aulas enquanto o problema não for solucionado.
“Não podemos permitir que alguns professores deem aula, e não se solidarizem com os demais que tiveram suas salas com o teto desabado. Pedimos que os pais compreendam, os demais professores se solidarizem e a direção suspenda as aulas até que a Prefeitura de São Luís resolva os problemas da escola”, disse Elizabeht Castelo Branco.
Na oportunidade, o deputado Wellington destacou que, já fez três reuniões na escola e agora cobra ações de urgência da Prefeitura de São Luís na UEB Jackson Lago.
“O desabamento do teto da escola foi uma tragédia anunciada. Semana passada viemos à escola por meio do programa “De Olho Nas Escolas”, após denuncias de pais de alunos, e foi comprovado que a UEB não tem condições de abrigar os alunos. São salas escuras, sem ventilação e sujas. A diretora tem ouvido todas as demandas dos pais de alunos e professores e esclareceu que tem enviado ofícios a Secretaria de Educacao do Município e não obteve respostas. Na semana passada, fizemos uma audiência pública, na biblioteca da escola, para ouvirmos as propostas da prefeitura e se quer, um representante compareceu. Participaram da audiência representantes da OAB, sindicato dos professores, conselheiros tutelares, pais alunos e professores. Passou-se uma semana e nada foi feito por parte da prefeitura. Na tarde de ontem, teve uma chuva rápida, e o teto da escola desabou, e não foi só de uma parte da escola, foram de várias salas, da entrada da escola e do refeitório. Todas as salas foram inundadas. Ou seja, a prefeitura de São Luís não está dando a mínima importância para a escola, para a educação dessas crianças e valorização dos professores. E agora, o que fazer? As crianças irão ficar sem aula? Até quando? Ninguém mais sabe a quem recorrer, enquanto isso, o descaso continuará? Por isso, denunciamos ao Ministério Publico e solicitamos ações de URGÊNCIA por parte da Prefeitura para que as crianças não fiquem sem estudar, não percam o ano letivo”, disse Wellington.

Fábio Braga destaca curso de medicina em Imperatriz


Numa concorrida solenidade que aconteceu na noite da última quinta feira, 25, em Imperatriz, a Universidade Ceuma instalou seu curso de medicina no campus daquela cidade, materializando uma intenção de longas datas.
 
Presente ao evento, o deputado Fábio Braga – Solidariedade, subiu à tribuna da Assembleia Legislativa nessa segunda feira, 29, para realçar a importância social e econômica do município dentro do estado, destacando a atuação da universidade no seu plano de expansão.
 
Lembrou os 165 anos de existência do município e disse que “ele tinha o dinamismo de um adolescente, e o potencial de desenvolvimento social e econômico de um adulto   principalmente pela participação cada vez mais ativa da sua população e da população do entorno no esforço global, o que era um aspecto sobremaneira positivo, porque estimulava o aparecimento de novos negócios, ajudando no seu crescimento” – observou.
Realçou, também, a importância da universidade e do curso de medicina para a cidade e região dizendo: “com essa iniciativa, a UniCeuma adiciona mais um capítulo na sua proposta de levar o ensino universitário especializado aos mais diversos recantos do estado, multiplicando o conhecimento pela qualificação, e criando mais oportunidades para que o cidadão possa sonhar com dias melhores, já que só a educação é capaz de tornar um sonho realidade” – avaliou. 
E lembrou que havia um déficit acentuado na oferta de médicos no estado, para justificar que a chegada do curso viria sim contribuir no crescimento da cidade e da região, e reforçou sua justificativa a partir de números divulgados pelo Conselho Federal de Medicina: o Maranhão – disse, “possui uma das piores relações de médicos por habitante, algo como 0,79 médicos para cada grupo de mil habitantes, evidenciando uma relação muito aquém das nossas necessidades, principalmente no interior do estado, onde ela cai ainda mais ficando ao redor dos 0,36 para grupos de mil habitantes”.
No Brasil – prosseguiu o parlamentar, “essa oferta é também muito baixa, já que está em volta de 1,8 profissionais para cada grupo de mil habitantes, número bem aquém dos 2,5/1.000 sugeridos pelo Ministério da Saúde e distante ainda das taxas apresentadas por países do continente como Argentina que registra 3,2 o México 2,0 e pasmem: a Venezuela de Nicolas Maduro 1,9 por grupo de 1.000 habitantes”.
Voltou a realçar a importância da implantação do curso de medicina em Imperatriz assinalando:  “É num horizonte de nuvens tão carregadas que surge a notícia alvíssara da instalação do curso de medicina do UniCeuma na cidade de Imperatriz, evento que se reveste da maior importância dentro do esforço que precisamos desenvolver para sanar tão grave déficit estrutural num dos mais importantes setores sociais da vida estadual e brasileira: a saúde e bem estar da população” – avaliou.
 
E finalizou parabenizando a administração da universidade pelo arrojo, e destacando a participação do engenheiro Mauro Fecury no conjunto da obra: “pelo que conseguiu realizar ele foi e continua sendo, um visionário da educação no estado, pois, sua determinação se constituiu na pedra de toque para implementar e dinamizar o ensino universitário alternativo, num momento em que tudo era difícil e que tudo sinalizava para não dar certo” – encerrou.

Informativo da Câmara Municipal de São Luís

Screenshot_20170530-173352

 

Screenshot_20170530-173357Screenshot_20170530-173401Screenshot_20170530-1734055

Roberto Rocha apresenta à Igreja Católica projeto de ressocialização de presos no Maranhão

O senador Roberto Rocha reuniu-se na manhã desta segunda-feira (29) com o arcebispo Metropolitano de São Luís, Dom José Belisário, para apresentar o projeto que prevê a implantação de Centros de Reintegração Social que ele pretende instalar, em parceria com a Igreja Católica, em alguns municípios maranhenses. O encontro aconteceu no Palácio Episcopal, Centro de São Luís.
Os Centros de Reintegração são baseados no método da APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), cujo objetivo é buscar a humanização dos presos, mantendo a finalidade punitiva, além de evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar.
“Aproveitando o trabalho social exemplar que a Igreja Católica já realiza em nosso estado - por meio da Fazenda da Esperança -, queremos estabelecer essa parceria que será muito benéfica, visto que o exemplo desses Centros em outros estados, já se mostrou muito eficiente para a redução dos índices de reincidência e criminalidade, uma vez que promovem a humanização nas prisões e, consequentemente, a reintegração desses presos à sociedade”, disse o senador. Roberto Rocha ressaltou, ainda, que os Centros serão implantados com recursos do governo federal, por meio do Ministério da Justiça.
O projeto possui edificações para atender os três regimes previstos na lei de Execução Penal: regime fechado, regime semiaberto e regime aberto, tornando a CRS em um complexo penal.
Ele contempla uma estrutura totalmente humanizada e voltada para a ressocialização dos presos, onde serão ofertados serviços de assistência como parlatório, consultório médico, consultório odontológico, atendimento jurídico e psicológico, serviço social, galpão de oficinas, aulas de capacitação, entre outros.
Segundo o senador, Dom Belisário mostrou-se muito receptivo à proposta, comprometendo-se em apresentá-la aos bispos das paróquias das cidades de Bacabal, Coroatá e Balsas.
“Saí muito satisfeito da reunião com o Dom Belisário, que se mostrou não somente muito receptivo com a ideia dos Centros de Reintegração Social, como afirmou que iniciativas como estas, inspiradas a partir de projetos exitosos como as APAC’s, devem ser apoiadas e incentivas enquanto políticas públicas eficazes de recuperação e ressocialização de apenados”, pontuou Roberto Rocha.

Pai de primo de Aécio: “Meu filho está preso por causa de sua lealdade a você”

 
 
Do futebol à política, sob suspeita de corrupção: o antigo laço entre Aécio e a família Perrella
  • Como o império político de Aécio ruiu em Minas Gerais
  • Janot pede prisão de Aécio Neves, mas Supremo nega
  • O pai de Frederico Medeiros, primo do senador Aécio Neves (PSDB), escreveu um texto de desabafo que viralizou nas redes sociais neste domingo. Nele, Lauro Pacheco de Medeiros Filho, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, dizia que o senador mineiro afastado não tem "o mínimo de cerimônia com os escrúpulos", parafraseando Tancredo Neves – avô de Aécio. Garantiu ainda que seu filho tem "um ótimo caráter" e que "está preso por causa da lealdade" ao tucano. Frederico Medeiros foi flagrado pela Polícia Federal em três ocasiões carregando uma mochila de dinheiro, entregue por um executivo da JBS, que seria destinada a Aécio Neves. Leia o texto completo abaixo:
    "Aécio: Meu filho Frederico Pacheco de Medeiros está preso por causa de sua lealdade a você, seu primo.
    Ele tem um ótimo caráter, ao contrário de você, que acaba de demonstrar não ter, usando uma expressão de seu avô Tancredo Neves, o “mínimo de cerimônia com os escrúpulos”.
    Vejo agora, Aécio, que você não faz jus à memória de seu saudoso pai, o deputado Aécio Cunha. Falta-lhe, Aécio, qualidade moral e intelectual para o exercício do cargo que disputou de presidente da República.
    Para o bem do Brasil, sua carreira política está encerrada.
    Ass. Lauro Pacheco de Medeiros Filho
    Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais"
    A autoria da mensagem foi confirmada pelo próprio Lauro Pacheco à Agência Pública. "[Meu filho] fez aquilo de boa fé. Fiquei com um sentimento de revolta muito grande com o Aécio. Sempre fui um admirador dele, mas a decepção é grande, com aquela imagem de bom moço…", afirmou. Para ele, "Aécio não honra a memória do avô e do pai, Aécio Cunha, que era um político honestíssimo". Pacheco tem 78 anos e vive em Belo Horizonte. Seu filho está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, desde quarta-feira passada. Segundo disse à Pública, Frederico "jamais faria um delação" porque "não sabe de nada, caiu numa enrascada".
    Reprodução
    Frederico Pacheco de Medeiros foi um dos coordenadores da campanha presidencial de Aécio Neves em 2014, além de ter atuado no governo Aécio em Minas Gerais entre 2003 e 2010. Um diálogo entre o magnata Joesley Batista, dono da JBS, e o senador mineiro foi entregue a Procuradoria Geral da República e divulgada na semana passada. Na conversa, ambos negociam o pagamento de dois milhões de reais em propina para, segundo o tucano, pagar seu advogados. Frederico foi então o responsável por receber a quantia, em quatro parcelas de 500.000 reais, de Ricardo Saud, diretor de relações institucionais do frigorífico. Após a primeira entrega, o esquema foi relatado à PF pela própria JBS. Os agentes montaram então toda uma operação para flagrar as demais entregas.
    A pedido do procurador-geral, Rodrigo Janot, o plenário do Supremo Tribunal Federal vai reavaliar o pedido de prisão contra Aécio, inicialmente negado pelo ministro Edson Fachin. Nesta terça, Aécio distribuiu um vídeo de quatro minutos em suas redes sociais nas quais se defende das acusações, mas diz que errou ao se deixar envolver "na trama montada por um criminoso". Ele defende a irmã, Andrea Neves, que está presa, e também o primo Frederico. Pede desculpas, por fim, por ter usado palavrões na conversa gravada.