segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Produtores de leite assistidos pelo Programa Mais Produção estão preparados para o período de seca 


Para os produtores de leite, o período de chuvas é de bons números, pois abundância de água significa muito pasto para os animis. No entanto, quando chega a seca, que acontece durante boa parte do segundo semestre, a produção costumava cair de forma significativa, comprometendo vários elos da cadeia produtiva. Os produtores assistidos pelo Programa Mais Produção, do Governo do Estado, conseguiram driblar as adversidades dessa época e ter bons resultados o ano inteiro. 
A diferença é uso de silagem, forragem verde, suculenta, conservada por meio de um processo de fermentação, para alimentação dos animais. O processo de cortar a forragem, colocá-la no silo, compactá-la e protegê-la com a vedação do silo, para que haja a fermentação anaeróbica, é chamada de ensilagem.

Esse alimento é utilizado na época seca para substituir o pasto. Na engorda em confinamento, a silagem é usada junto com os grãos e farelos. “Nesse período as principais recomendações, conforme planejamento alimentar dos animais, é a utilização de silagem a base de milho ou cana, fornecimento de cana em forma fresca, e fornecimento de concentrado balanceado para a categoria animal. Nesse concentrado é utilizado milho, farelo de soja, farelo de trigo, babaçu e núcleo mineral”, explica Michael Oliveira, técnico da cadeia do leite. 
Entre as 425 propriedades que recebem assistência técnica e gerencial (ATeG), por meio do convênio Sagrima e Senar, na região Tocantina, alguns produtores já estão aplicando esses conhecimentos e mantendo os resultados positivos alcançados na primeira etapa do ano.  
Seu Francisco de Assis Oliveira já está trabalhando a ensilagem para alimentar seus 40 animais. “Iniciei o processo pra usar a silagem daqui a 45 dias. Estou investindo na irrigação para ter cana e outros materiais para usar. Com a assistência, a gente sabe onde precisa melhorar, no que precisa investir para crescer”, pontuou.

Já seu Raimundo Lima, de Imperatriz, está se preparando para começar a ensilagem. “Estamos implantando o projeto, seguindo o planejamento que o técnico nos passou, preparando para plantar milho e usar na silagem. O acompanhamento está ajudando bastante”, disse. 

Entre os êxitos da primeira etapa da ATeG está a média de produção por animal. No Brasil, a média de produção de leite por vaca é de 5kg de leite/vaca/dia, segundo  a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). No estado, a mesma média saiu de 4,43 para 4,98kg de leite/vaca/dia e, especialmente na Região Tocantina, saiu de 4,57 para 5,21kg de leite/vaca/dia, superando a média nacional em 4%. Esse crescimento está, inclusive atraindo investidores, como a Piracanjuba. 
“Tecnologias como essa proporcionam aos nossos criadores assistidos estabilizarem a produção no período de maior dificuldade do ano, quando o leite fica mais escasso e os preços sobem, possibilitando a venda por preços mais altos, gerando mais renda”, destaca o secretário da Sagrima, Márcio Honaiser.  “A produção contínua é boa para o produtor, para os laticínios e indústrias do setor e para o mercado consumidor, fazendo circular mais riquezas e dando mais oportunidades”, concluiu. 

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