terça-feira, 21 de novembro de 2017

Investimentos na educação escolar quilombola valorizam a identidade e pluralidade étnico-racial do povo maranhense

Investimentos na educação escolar quilombola valorizam a identidade e pluralidade étnico-racial do povo maranhense. (Foto: Divulgação)
 
A gestão do governador Flávio Dino, através de uma articulação entre as Secretarias de Estado da Igualdade Racial (Seir) e da Educação (Seduc), desenvolve ações para transformar a educação voltada para o povo negro do Maranhão.
Os secretários Gerson Pinheiro e Felipe Camarão já visitaram dez, das dezenove escolas quilombolas e cinco anexos, para diagnóstico das condições físicas e pedagógicas destas unidades de ensino, com a finalidade de promover reformas e adequações estruturais no processo de ensino e aprendizagem.
 
A moradora do quilombo Saco das Almas, em Brejo, Zuleide da Paz, relata a importância da visita dos secretários à escola daquela comunidade. “A visita foi muito boa pra comunidade porque traz nova esperança de que ajude os jovens a crescerem e superarem a falta de conhecimento e de trabalho”.
Ações como a completa reforma dos prédios e até mesmo a substituição de escolas de taipa em comunidades rurais quilombolas marcam a vontade política de dar condições dignas para estudantes e professores, ao mesmo tempo em que valoriza a identidade e respeita a pluralidade étnico-racial que marca o povo maranhense.
Em municípios como Codó, Itapecuru, Peritoró, Anajatuba, Turiaçu, Icatu e Brejo o governo já entregou escolas totalmente reformadas e equipadas, mudando as condições de trabalho de professores e estimulando crianças e jovens a frequentarem o ambiente escolar.
Outra importante ação educacional voltada para a população negra foi o processo de formação continuada em educação escolar quilombola, onde 60 professores da rede estadual participaram dos três módulos do curso entre os meses de setembro e novembro.
Escola Municipal Francisco de Assis, construida pelo governo do Estado no quilombo Pitoró dos Pretos, no município de Peritoró. (Foto: Divulgação)
 
Esta formação continuada prepara o professor para adequar o seu planejamento educacional conforme preconiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, oferecendo aos alunos um processo de ensino-aprendizagem que valoriza sua história, cultura e ancestralidade.
Para a pedagoga e secretária-adjunta de Igualdade Racial, Socorro Guterres, o governo avança na questão educacional do povo negro. “A formação de professores para trabalhar a educação escolar quilombola tem um impacto muito grande na desconstrução das práticas pedagógicas estereotipadas que reforçam a discriminação e fortalecem o racismo. Ter três módulos de formação de professores na perspectiva de mudanças de paradigmas da educação para que se fortaleça a autoestima e se reforce a identidade positiva do aluno é extremamente importante”, completa a secretária.
Além desta formação, o governo também fará uma capacitação para os professores da educação básica estadual sobre a educação para as relações étnico-raciais. A Seir também desenvolve articulação e constantes diálogos institucionais para aplicação da Lei 10.639/03 que prevê a inserção nos conteúdos escolares da história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas estaduais e municipais.
Os investimentos em formação continuada na educação quilombola somam um valor de R$ 589.514, 29, além das reformas e construção de escolas em comunidades quilombolas. Estas ações no campo educacional com a valorização da história e cultura do povo negro, que compõe 72,6% da população maranhense, demonstra o compromisso do governo do Estado em construir uma nova educação, fortalecer a identidade étnica e promover a igualdade racial com o conteúdo pedagógico.
Em Anajatuba, o Governo do Estado entrega o C. E. Anajatubense totalmente reformado e equipado. (Foto: Divulgação)

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