domingo, 21 de janeiro de 2018

Com DNA e tecnologia, Maranhão dá salto na solução de crimes e ajuda outros Estados

Os peritos contam com equipamentos de ponta. (Foto: Handson Chagas)
 
A Perícia Criminal da Polícia Civil do Maranhão dobrou o número de laudos emitidos para solucionar crimes, dando celeridade e soluções aos casos. O resultado se deu após um ano de inauguração do Instituto de Genética Forense (IGF) do Maranhão, órgão que passou a integrar a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC). O instituto tornou possível a análise de elementos do perfil genético – sangue, unha, fio de cabelo, saliva, suor, osso e pele – para detectar autorias de crimes.
O IGF foi mais uma ação implantada na gestão do governador Flávio Dino para reforçar a Segurança Pública maranhense. Com o investimento de R$ 3 milhões no instituto, a solução de crimes hediondos, que antes demorava meses, saltou para poucos dias.
O instituto tem tecnologia de ponta. (Foto: Handson Chagas)
 
Moderno e tecnológico, o equipamento é considerado o maior do Brasil. O IGF no Maranhão passou a fornecer suporte a Estados que ainda não dispõem de tecnologia para realização de exames na área de genética forense.
Antes do IGF, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) fazia o caminho inverso: pedia auxílio de outros Estados para usar laboratórios, o que atrasava o resultado das investigações.
O Instituto de Genética Forense realiza uma série de procedimentos, como a elaboração de exames e análise de perfil genético. O banco também atua na identificação de pessoas desaparecidas, por meio da comparação com o perfil genético de familiares.
O instituto tem como principais tipos de exames a identificação criminal; o confronto de vestígios; a violência sexual; dentre outros.
“Com a implantação, o Maranhão passa a ter um dos mais equipados instituto de genética forense do país, pois possuímos tecnologia de ponta, de automação, compatíveis com os laboratórios de genética forense nacional e internacional”, avalia a diretora do IGF, Christiane Cutrim.
O padrão do IGF é internacional. (Foto: Handson Chagas)
 
O instituto trabalha com amostras coletadas em cenas de crimes por um perito criminal, amostras encaminhadas pelo Instituto Médico Legal ou qualquer órgão da polícia técnico-científica, com o objetivo de identificar perfis genéticos de vítimas e criminosos.
Em uma etapa avançada, o IGF está realizando a coleta do material biológico de presos para ficarem disponibilizados no banco de DNA criminal. A finalidade é armazenar amostras de DNA para comparar com os encontrados em locais de crimes.
Ferramenta internacional
O IGF faz parte da rede integrada de bancos de perfil genético que possibilita utilizar a ferramenta chamada “Codis”. Trata-se de um programa de computador usado pelo FBI que permite cruzar os dados inseridos com os registrados na base estadual e nacional.
O sistema torna possível a correlação de crimes como o estupro ou até mesmo a identificação de pessoas desaparecidas em outros Estados da federação.
O Instituto também possui uma base nuclear e uma malha aérea para casos de acidentes em massa.
O IGF tem todos os trabalhos submetidos a rigoroso controle de qualidade com certificação internacional. A equipe é composta por cinco peritos criminais, além do corpo administrativo.

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