segunda-feira, 28 de maio de 2018

Governo dialoga sobre serviços de atenção à saúde e assistência psicossocial durante o I Seminário Estadual de Prevenção ao Suicídio

 
Para ampliar e fortalecer as ações de promoção da saúde, vigilância, prevenção e atenção integral relacionados ao suicídio, o Governo dialoga sobre serviços de atenção à saúde durante I Seminário Estadual de Prevenção ao Suicídio. O encontro prossegue até terça-feira (29), no auditório da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), em São Luís.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Departamento de Atenção à Saúde Mental, promove o debate sobre o fortalecimento da rede de atenção psicossocial (atenção básica, hospitalar e urgência e emergência), além das estratégias de enfrentamento do suicídio, o papel da mídia e os efeitos frente ao suicídio, populações vulneráveis, condutas protetivas na prevenção de suicídio: quando e como intervir, entre outros temas.
O secretário adjunto da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Marcelo Rosa, afirmou que a ideia do encontro é proporcionar um debate amplo e aberto sobre suicídio em todas as esferas da sociedade. “A Secretaria de Estado da Saúde realiza este diálogo com a apresentação de estratégias preventivas, com foco na escuta do paciente de saúde mental e na rede estadual dos Centros de Atenção Psicossocial”, disse.
O chefe do Departamento de Atenção à Saúde Mental da SES, Márcio Menezes, explicou que a intersetorialidade dos profissionais que atuam na área de saúde mental deve existir para acolher de maneira mais correta as pessoas que tentaram o ato suicida.
“O assunto suicídio ainda é um tabu entre os próprios profissionais de saúde. A única forma de combate são os profissionais compreenderem tanto o aspecto social como o psicológico do indivíduo, que chega a unidade de saúde após uma tentativa ou buscando ajuda antes de cometer o ato. Cada área tem uma colaboração fundamental a dar, para mudar esse quadro atual”, disse Márcio Menezes.
 
A superintendente de Atenção Primária da SES, Joelma da Silva, ressaltou a importância dos agentes de saúde no processo de identificação do suicídio. “Os agentes percorrem as comunidades, estão dentro das casas e têm mais facilidade de perceber os alertas comportamentais. As pessoas têm mostrado interesse em saber mais e ajudar. Os agentes são capazes de orientar a família do paciente a buscar ajuda qualificada”.
A promotora de Justiça da Saúde, Glória Mafra, também participou da mesa de abertura do I Seminário Estadual de Prevenção ao Suicídio.
Durante a conferência magna sobre Epidemiologia do Suicídio, o palestrante Gilberto Alves, pós-doutor em Psiquiatria e médico do Hospital Nina Rodrigues, apresentou uma linha do tempo do suicídio no mundo. O médico adotou uma abordagem histórica e cultural, além de destacar o papel do seminário como uma maneira de promover de forma educativa e consciente o debate sobre suicídio. “O suicídio sempre existiu, desde que o homem é homem, nas mais variadas culturas, mas com terminologias diferentes”.
Segundo Gilberto Alves, o que muda muito é a forma como o suicídio é encarado por cada cultura. “No Brasil trabalhamos com a forma de combate por meio da escuta e conversa com o paciente, é sentir a dor do outro para trazê-lo de volta ao eixo”, avalia.

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