quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Artes Visuais em dobro: Nesta quinta, na UFMA, tem exibição de ‘A Moça do Calendário’, de Helena Ignez, e abertura da mostra ‘Neopalafitas’, de Ribaxé


A Universidade Federal do Maranhão, por meio do Departamento de Assuntos Culturais (Dac) da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Empreendedorismo (Proexce), movimentará a agenda cultural da cidade de São Luís (MA) nesta quinta-feira (30) com duas atrações imperdíveis. A primeira é a exibição do premiado filme ‘A Moça do Calendário’, de Helena Ignez, às 12h30, no Auditório Central da Cidade Universitária Dom José Delgado da Ufma, no Bacanga. Aberta ao público, a sessão de cinema integra a programação do Projeto Cine Guarnicê. 
Já às 19h, o designer e artista visual José de Ribamar Matos Junior (Ribaxé) inaugura a sua exposição ‘Neopalafitas: Um Olhar Sobre o Vernacular’, no Palacete Gentil Braga (rua Grande, 782 - Centro), em São Luis (MA). Contemplada pelo Edital de Ocupação da Galeria Antônio Almeida, a exposição ficará aberta até 28 de setembro/18, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.  Escolas e grupos poderão agendar visitas monitoradas pelos telefones 98 3272 9360 e 3272 9362 ou pelo site www.cultura.ufma.br. Os dois eventos tem apoio da Fundação Sousândrade, TV Ufma, Universidade FM e Ascom/UFMA.

Saiba Mais:

Cine Guarnicê: A Moça do Calendário.
Vencedor de sete premiações no 41º Festival Guarnicê de Cinema, em junho deste ano, o drama ‘A Moça do Calendário’, quinto longa de Helena Ignez, narra a história do quarentão Inácio, interpretado por André Guerreiro Lopes. Sem emprego fixo, ela trabalha como dublê de dançarino à noite e mecânico durante o dia. Quando não está nas pistas ou operando veículos, seus pensamentos gravitam para um relacionamento platônico com a bela garota que estampa o calendário da oficina. 
No elenco, André Guerreiro Lopes, Djin Sganzerla, Mario Bortolotto, Naruma Costa e Bárbara Vida. O filme é baseado em um roteiro escrito pelo marido da diretora, Rogério Sganzerla, antes de sua morte, em 2004. O texto foi adaptado por Helena e fala sobre as contradições do país, a luta de classes, as questões de gênero e o sonho como agente libertador. O filme estreia nos cinemas brasileiros no dia 27 de setembro/18, com distribuição da Pandora Filmes.

O longa é um roteiro feminista em um universo masculino. Eu vejo o homem com muito carinho, até porque o protagonista é um homem, o Inácio, mecânico de uma oficina chamada Barato da Pesada. O filme tem muito humor, e é um humor que já estava no roteiro do Rogério e eu mantive. Ao mesmo tempo adicionei algumas questões muito importantes sobre o trabalho no século XXI, a Sociedade do Cansaço - revela a diretora.
Premiações
Exibido em mais de 15 festivais em 2017, entre eles a Mostra de São Paulo e o Festival de Brasília, o filme foi premiado no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria, como Melhor Filme – Voto Popular, Melhor filme do Femina - Festival Internacional de Cinema Feminino, Prêmios de Melhor Filme Longa Nacional, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Ator no 41º Festival Guarnicê de Cinema, além de ser elogiado pela crítica especializada.

‘Neopalafitas’, o olhar de Ribaxé sobre o vernacular

As 20 pinturas produzidas pelo artista Ribaxé tem formatos diferentes e são inspiradas e fundamentadas nas palafitas da ilha de São Luís, a mostra ‘Neopalafitas: Um Olhar Sobre o Vernacular’, apresenta uma proposta de interpretação conceitual, visual e gráfica para fins de elaboração de pinturas sobre papelão, couro e telas. “Utilizo técnicas de pinturas mistas e o assemblage, com uso e aplicações de referências físicas e materiais, acerca de uma temática sobre as palafitas da cidade de São Luís do Maranhão”, disse Ribaxé. 
“A exposição está inspirada, associada e aplicada de forma conceitual aos estilos dos pintores do neoplasticismo, estilo neoplástico e neoplasticista”, afirma Ribaxé. Entre os autores referenciais para a mostra estão Piet Mondrian, Theo van Doesburg e Wassily Kandinsky. “Não sigo o rigor estético e filosófico desses autores, e sim, na demonstração e valorização da estética arquitetônica vernacular dessas construções sobre palafitas, como representações visuais, geométricas, abstratas e coloridas, em contrapartida à forma de representação da estética de miséria e pobreza sempre associadas a elas, construídas com e sobre paus extraídos de mangues, lixos e entulho”, explica o artista.

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