terça-feira, 26 de março de 2019

Jeisael defende gestão descentralizada em reunião no Bairro de Fátima

O jornalista Jeisael Marx falou pela primeira vez publicamente o que pensa em oferecer à população como opção para a cidade caso reúna as condições para ser candidato a prefeito de São Luís por algum partido em 2020: gestão descentralizada.

Em reunião com a comunidade do Bairro de Fátima, na noite desta segunda-feira, 25, Jeisael disse que, no Brasil, nenhuma cidade do porte de São Luís ainda mantém uma estrutura administrativa tão arcaica, atrasada em pelo menos 20 anos. “É preciso discutir com a população e oferecer uma opção de gestão moderna e descentralizada, para que o serviço público chegue, de fato, a quem mais precisa, que são as pessoas nas comunidades, nos bairros, na periferia”, enfatizou.
Para isso, a opção, segundo o jornalista, é “implantar uma gestão horizontal e descentralizada”, com a implementação de “unidades gestoras regionais”, as chamadas subprefeituras.
É importante salientar que os ex-prefeitos Tadeu Palácio e João Castelo prometeram a implantação de subprefeituras e não fizeram, assim como o atual prefeito, Edvaldo Holanda Jr. Questionado, Jeisael afirmou que isto prova o atraso que é a estrutura administrativa da capital maranhense, e que ninguém teve coragem e vontade de dar um passo adiante nesse sentido.
“As unidades de Gestão Descentralizada – ou subprefeituras, como queiram – não podem existir somente no papel, e o subprefeito não pode ser apenas uma figura decorativa, como é hoje com o único subprefeito que dizem ter na cidade. Essas unidades precisam ter orçamento e autonomia financeira, por exemplo, para resolver pequenos problemas que se amontoam nos bairros e ficam esperando e esperando até que uma secretaria ou outra venha resolver, senão de nada adianta”, criticou.
No evento, o pré-candidato convidou a população para discutir essa opção e até apresentou o que seria o organograma de uma subprefeitura, que além do subprefeito contaria com superintendentes das áreas mais demandadas, como Saúde, Educação, Obras e Pequenos Reparos, Relações com as Comunidades etc. Disse ainda que é preciso discutir a opção de “enxugar a máquina pública”, para dar eficiência e agilidade nas ações e reações da prefeitura aos problemas da cidade.
“Não adianta querer discutir firulas, quando ainda precisamos resolver o básico, a população precisa se indignar, e deixar de dar ouvidos a quem não sabe o que é viver numa rua sem asfalto, o que é andar de ônibus, o que é enfrentar uma enchente”, disse Jeisael.
Ao lembrar da época em que morou em bairros como a Cidade Olímpica, Jardim São Cristóvão, São Bernardo e Cohatrac, Jeisael Marx afirmou que só sabe o que é conviver com os problemas nas comunidades, quem de fato viveu ou vive esses problemas. “Não adianta o cara vir aqui e dizer na minha cara que entende o que o povo passa, se esse cara nasceu filho de família rica, sempre morou em bairro nobre e anda até hoje em carro de luxo com motorista”, indignou-se.
O ambiente estava lotado por populares, e diversas lideranças políticas e comunitárias marcaram presença no evento, reforçando a ideia de discutir um novo projeto de gestão para São Luís baseado nas necessidades das pessoas nas comunidades.
Estiveram no local os vereadores Beto Castro e Marcelo Poeta; o suplente de vereador Domingos Paz, assim como vários líderes comunitários de todos os cantos da cidade, a exemplo de “Pé no chão”, da Vila Cascavel; Paca, da Vila Lobão; Júnior Nazaré, do pólo Cidade Operária; Luiz Guterres, da Vila Passos, que já foi candidato a vereador; Mendonça, do Jambeiro; Ferreira SF, do bairro São Francisco; Domingos Matos, pres. da União de Moradores da Isabel Cafeteira; Seu Ivo, pres. da Associação Comunitária do Jardim Conceição, Alan Kardec, articulador político; e também o secretário adjunto de articulação política do Maranhão, Ednaldo Neves.
Jeisael pretende levar o assunto para ser discutido com a cidade, e alfinetou: “gestão descentralizada é a nossa bandeira, a ideia é boa, tanto que daqui a pouco aparece outro por aí querendo dizer que teve a mesma ideia. Mas, tudo bem. Pra mim, o que importa é imaginar que isso seja possível um dia, e a cidade possa experimentar uma nova forma de gestão, moderna e descentralizada, pensando no bem estar das pessoas. Podem copiar. A ideia é boa”, sorriu.

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