sábado, 13 de julho de 2019

Guru Olavo diz que posto em Washington enterra carreira de Eduardo Bolsonaro


Olavo de Carvalho gravou um vídeo em que diz para Bolsonanaro desistir da ideia de nomear o filho embaixador e para Eduardo focar no Congresso, onde tem uma missão importantíssima a cumprir: tocar a CPI do Foro de São Paulo
Por Ricardo Miranda, em seu blog - Se você espera alguma coerência da direita, aí é que ela não vem mesmo. Olavo de Carvalho, o guru de Jair Bolsonaro e de seus filhos, que vive em Richmond, Virgínia, está soltando fogos para a escolha do deputado Eduardo Bolsonaro, o Zero03, para a embaixada brasileira em Washington, certo? Considera um marco para a diplomacia brasileira, mesmo ao custo de uma briga imprevisível com senadores e ministros do Supremo, correto? Por sinal, deve ter seu dedo cheirando a fumo de cachimbo por trás de uma decisão tão estratégica, talkei? Tudo errado. Olavo de Carvalho gravou um vídeo no youtube pra dizer pra Bolsonanaro desistir da ideia e pra Eduardo focar no Congresso, onde tem uma missão importantíssima a cumprir. Que missão?

Quando aceitou o convite para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Eduardo assinou um requerimento para criação da CPI do Foro de São Paulo, uma velha tara da direita. A deputada federal Chris Tonietto (PSL-RJ) já estava colhendo assinaturas de parlamentares para lançar a tal CPI do Fim do Comunismo. A comissão visaria investigar a organização continental que, na visão da direita, reúne partidos e organizações de esquerda revolucionária na América Latina, prontos para subjugar o planeta com a pata peluda do comunismo. Pois Olavo acho que essa é a missão de Eduardo, tocar a CPI, que define como potencial “maior acontecimento da nossa história parlamentar” para “eliminar esse comunismo maldito que quase destruiu o Brasil”, e não ir fritar hambúrgueres em Washington.

Em seu surto, Olavo compara Bolsonaro ao “rei” do combate ao comunismo, e Eduardo, seu filho, o “cavaleiro andante”, o “campeão” escolhido para descer à arena e lutar por ele. “Ele não pode lançar um movimento dessa envergadura e depois simplesmente ser um funcionário diplomático em Washington. Isso não faz nenhum sentido. Lá ele nem poderá falar do assunto”, aponta o desesperado guru presidencial. Ele compara o movimento de Eduardo, de Brasília para Washington, ao de Kim Kataguiri – a que chama de “Kim Katacoquinho” -, de São Paulo para Brasília, que depois de fundar o Movimento Brasil Livre (MBL), acomodou-se num cargo de deputado federal. “Isso (virar embaixador) seria um retrocesso, seria a destruição da carreira de Eduardo Bolsonaro”, finaliza o tarólogo que se acha cientista político. Vamos combinar que é uma tremenda sacada

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