terça-feira, 10 de setembro de 2019

Deputados defendem a democracia contra ataque do clã Bolsonaro


O vereador Carlos Bolsonaro usou sua conta no Twitter para atacar o que custou mais caro ao povo brasileiro: a democracia. Não é a primeira vez que o clã Bolsonaro defende o autoritarismo como forma de governo.

O vereador Carlos Bolsonaro atacou a democracia na rede social
Nesta segunda-feira (9), o “02”, postou o seguinte comentário: “Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos... e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!".

As palavras dele ganharam repercussão imediata por ser uma espécie de porta-voz do clã Bolsonaro.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) considerou inaceitável que o filho dileto de Bolsonaro, aquele que fala por ele nas redes sociais, venha a público desqualificar a via democrática no Brasil.

“O que essa turma está achando? Que vão implantar uma ditadura? A democracia é maior que o autoritarismo da família das trevas”, criticou o deputado.

Para a líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), fora da via democrática está o autoritarismo, a censura, o fim da liberdade. “A transformação sem democracia é retrocesso, perda de direitos e um terreno fértil para uma ditadura que esperamos nunca mais se repita”, disse.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) postou no Twitter uma célebre frase de Ulysses Guimarães ao promulgar a Constituição Cidadã de 1988: "Traidor da Constituição é traidor da pátria! Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar o Parlamento, garrotear as liberdades, mandar os patriotas para cadeia, exílio, cemitério. Tenho ódio à ditadura"!

“Além de estúpido é aspirante a ser filhote de ditador. Continuará frustrado”, afirmou o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), lembrou que na prática Carlos Bolsonaro é um ministro sem pasta, refaz em outros termos a afirmação de seu pai 20 anos atrás. “Jair Bolsonaro defendeu o fechamento do Congresso, o assassinato do presidente da República e de mais "uns 30 mil". Essa familícia é uma ameaça ao Brasil”, disse.

“O filho do presidente da República defende o autoritarismo, em nome da “transformação que o Brasil quer”. Um acinte! Nosso país quer democracia pulsante, instituições fortes, liberdade de pensamentos e oportunidades! Precisamos deixar essa insanidade ideológica de lado e avançar”, diz o líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ).

Guilherme Boulos, ex-candidato a presidente pelo PSOL, afirmou que Carlos Bolsonaro expressa o chorume mais autoritário e doentio. “Não fosse filho do presidente mereceria apenas o desprezo. Não é o caso. Pode estar vocalizando um desejo de quem governa o país. Por isso, deve ser enfrentado com firmeza! Ele, sua família e os agregados milicianos”.

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