quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Governo resgatou uma espécie de ‘capitão do mato’, diz parlamentar


“As declarações do tal Sérgio Nascimento o perfilam ao lado dos capitães do mato, agridem a história, desdenham a atrocidade que foi o escravismo em nosso país, com repercussões negativas até hoje. Mais um celerado nesse antro comandado pelos Bolsonaros”. Foi assim que o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA) classificou, nesta quinta-feira (28) a nomeação do novo presidente da Fundação Cultural Palmares pela Secretaria de Cultura do Governo Federal.
Para o parlamentar, as declarações do representante da entidade que deveria promover a ascensão de grupos socialmente minoritários são resultado da conduta do atual Governo e fruto das relações que o presidente mantém com o poder paralelo que opera no país.

“A intimidade de Jair Bolsonaro com as milícias o fez resgatar uma espécie de ‘capitão do mato’ para dirigir a Fundação Palmares. Sim, os capitães do mato agiam em forma de milícias para manter preso ou capturar escravos que fugiam em busca da liberdade”, declarou.

Sérgio Nascimento se tornou um dos assuntos mais comentados esta semana no Brasil por negar a existência do racismo e por ter declarado, publicamente, ser contra o dia da Consciência Negra e enaltecer o regime de escravidão no Brasil. Negro, ele se declarou contra a classe artística que milita pela igualdade racial e afirmou, em seu perfil nas redes sociais, que a Fundação agora seguirá os preceitos defendidos por Jair Bolsonaro.

Um abaixo-assinado criado na última quarta-feira (27), logo após a sua nomeação, já conta com mais de 30 mil assinaturas pedindo a sua destituição.

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