sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Márcio Jerry irá convocar secretário que parafraseou ministro nazista


DEPUTADO FEDERAL MÁRCIO JERRY (PCDOB-MA) 
“Ou Jair Bolsonaro demite Roberto Alvim, ou assume também escancaradamente sua face nazista”, declarou deputado
O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), anunciou nesta sexta-feira (17), que irá convocar Roberto Alvim para prestar esclarecimentos na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, após o secretário de Cultura do governo Bolsonaro utilizar trechos de um discurso do ministro de propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels, para divulgar um novo programa federal.

“Vamos convocar Roberto Alvim tão logo retomemos os trabalhos da Câmara. Ele deve explicações ao Brasil! Ou Bolsonaro demite ele ou assume escancaradamente sua face nazista. Não há meio termo”, afirmou Jerry.

Além de parafrasear Goebbels, o secretário Alvim aparece no vídeo ao lado de uma cruz e de uma bandeira do Brasil, com trilha sonora Richard Wagner – músico favorito de Hitler. Os elementos estéticos e o tom extremamente ufanista também são semelhante ao modo de discursar dos líderes da Alemanha Nazista.

“Silenciar diante da monstruosidade de Roberto Alvim é ser cúmplice dele. O Secretário de Cultura simplesmente escancarou a propaganda nazista, numa afronta a judeus e a todos os democratas; um acinte que não pode passar impunemente. Fora Alvim!”, completou o deputado.

RUPTURAS INSTITUCIONAIS

Essa não é a primeira vez que Márcio Jerry se posiciona contra o totalitarismo. Vice-líder do PCdoB, ele é responsável por protocolar o Projeto de Lei 1.798/2019, que pretende criminalizar “apologias ao retorno da ditadura militar” e a “pregação de novas rupturas institucionais no país”, alterando o Código Penal para “punir, com multa ou detenção, de três a seis meses, autores de declarações ou conclamações públicas que remetem a fatos criminosos, tortura ou que incentivam algum tipo golpe ou quebra do sistema político vigente”.

Na ocasião, Jerry explicou que “a matéria vem suprir a necessidade de se coibir reações extremas em um grave momento da história brasileira, que vive um patente momento de ameaça à democracia”.

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