quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Câmara promove palestra sobre saúde mental a funcionários

Foto: Hadson Chagas
O Brasil é o segundo país do mundo com mais trabalhadores estressados – síndrome de Burnout -, segundo pesquisa recente publicada pela revista Exame. O percentual chega a 30 por cento entre os brasileiros, enquanto no Japão alcança expressivos 70%. A China está em terceiro lugar (24%), seguida dos Estados Unidos da América (20%) e Alemanha (17%).
Estes dados foram apresentados em palestra a alguns funcionários da Câmara de Vereadores de São Luís pelo psicólogo Mauro Sérgio Brandão, cujo tema abordado foi Saúde Mental do Trabalhador. Ele frisou que a Organização Mundial de Saúde considera que o indivíduo está pleno de saúde quando apresenta bem-estar físico, mental e social.
“A saúde mental é determinada por uma série de fatores socioeconômicos, biológicos e ambientais”, explicou. Dentre os fatores que desestabilizam socioeconomicamente o trabalhador, Mauro destacou a insegurança no emprego ou o desemprego, a baixa oferta de alimentação, habitação, água, esgotamento sanitário, educação, lazer, assistência médico-hospitalar, dentre outros.
TRANSTORNOS
Ele também explicou à plateia que os transtornos psicossociais relacionados ao ambiente de trabalho decorrem de jornadas excessivas, esforços físicos exagerados com posturas forçadas, ritmo acelerado, trabalho repetitivo, monótono e falta de reconhecimento pelo superior. Também afetam o vínculo de emprego precário, conflito de valores no ambiente de trabalho, dentre outros.
Os tipos mais frequentes de transtornos relacionados ao trabalho, segundo o psicólogo, são estres pós-traumático, quadro depressivo/ansiedade, alcoolismo crônico e paranoia situacional. Ele acrescentou que os profissionais mais afetados pela síndrome de Burnout são médicos, enfermeiros, assistentes sociais, professores e gerentes em vários níveis da administração.
Por fim, ele alinhou como sintomas da doença menor entusiasmo pelo que os indivíduos fazem, baixa realização no trabalho, despersonalização, dentre outras. Nesta situação, o tratamento é psicoterapêutico, mudança de hábito ou medicamentoso, etc. Como prevenção, o psicólogo indicou participação em atividades de lazer, mais ou interação com amigos e familiares, fuga da rotina, de pessoas negativas e drogas licitas e ilícitas.

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