sábado, 23 de maio de 2020

Bairro da Liberdade completará 102 anos de história no coração de São Luís


Fachada do antigo Matadouro Modelo que deu origem à comunidade do bairro da Liberdade

Na próxima segunda-feira, 25, o bairro da Liberdade, em São Luís, vai comemorar seus 102 anos de fundação. A área, que até os idos de 1918 abrigava apenas o Matadouro Modelo, tornou-se conhecida no cenário urbano da capital maranhense como uma das comunidades mais tradicionais da cidade.

No início do século XX, a entrada do bairro era feita por uma única estrada denominada popularmente de Campina do Matadouro, mas o principal acesso ao local era feito por embarcações. O bairro, oriundo do Matadouro, foi construído no extinto Sítio Itamacaca, de propriedade da senhora Ana Jansen Pereira.

A Liberdade também era considerado o maior bairro próximo à região central de São Luís, cortado por vias de acesso que interligavam bairros cercados de manguezais. Atualmente, a área é também considerada um dos berços culturais da cidade, com enorme presença de afrodescendentes que ajudaram a divulgar manifestações do bumba-meu-boi e o apreço pelo movimento reggae na capital, virando o maior conglomerado urbano de população negra.
Vereador Cézar Bombeiro é um dos antigos moradores do bairro da Liberdade em São Luís
Para o vereador Cézar Bombeiro (PSD), que mora no bairro, a Liberdade é acima de tudo uma parte do acervo histórico-cultural de São Luís. "Morar no bairro é sentir de perto as relações de amizade entre aqueles que ajudaram a fundar e manter viva a bela história desta importante comunidade popular da cidade", declarou.
Antes de se tornar de fato bairro da Liberdade, pela Lei Municipal 1.749, de 17 de maio de 1967, a comunidade ganhou os nomes de Campina, Matadouro, Floresta e só depois o atual nome.
O bairro da Liberdade também é berço de manifestações culturais como o bumba-meu-boi

Cézar Bombeiro acredita que apesar do momento não ser possível realizar festas para comemorar o centésimo segundo aniversário do bairro da Liberdade, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os moradores simbolicamente abraçarão a comunidade por mais esta primavera.

"Iremos todos lembrar daqueles que contribuíram para que este bairro permanecesse até os dias atuais com muita luta e resistência no coração de São Luís", ressaltou.

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