domingo, 17 de maio de 2020

Flávio Dino diz a governadores que Bolsonaro tem sonho autoritário


“Concretamente, esse é o sonho do Bolsonaro e o sonho dele é o pesadelo do Brasil. Se é o sonho dele, é o pesadelo de todos aqueles que acreditam na democracia.”
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), alertou colegas governadores que além de negar ajuda aos estados e municípios, Bolsonaro tem sonhos autoritários.

“Se Bolsonaro puder, ele fechará as instituições democráticas, ele intervirá nos estados, ele fechará o Congresso e o Supremo. Não creio que conseguirá, mas seria ingênuo, seria metafísico nós não considerarmos que é isso o que ele quer”, afirmou Dino.

“Concretamente, esse é o sonho do Bolsonaro e o sonho dele é o pesadelo do Brasil. Se é o sonho dele, é o pesadelo de todos aqueles que acreditam na democracia”, continuou.

Eles participaram de um live neste sábado (16) para debater o combate ao coronavírus. Além de Flávio Dino, estavam na conversa os governadores do Pará, Bahia e Espírito Santo — Helder Barbalho (MDB), Rui Costa (PT) e Renato Casagrande (PSB), respectivamente.

No que diz respeito à pandemia, Renato Casagrande reclamou da falta de uma “coordenação nacional” partindo do governo federal para enfrentar o vírus. “O país está à deriva nesse momento. uma ausência completa de coordenação que dificulta muito o nosso trabalho”, disse.

“Como se não bastasse isso, o presidente tem essa política de enfrentamento. Eu nunca imaginei que ele fosse ter esse enfrentamento com a vida”, lamentou Casagrande.

Já o paraense Helder Barbalho informou que o estado já entregou quatro hospitais de campanha e planejam entregar mais. “Nós temos aplicado nossas decisões baseados na ciência, no conhecimento, na medicina e no valor à vida”, afirmou em uma crítica velada ao presidente Bolsonaro.

“Não devemos fortalecer a polêmica inadequada de que vida e economia são coisas antagônicas. De que para poupar a vida precisa acabar com a economia ou para salvar a economia se faz necessário sacrificar a vida”, prosseguiu Barbalho, lamentando a polarização no meio de uma pandemia.

Rui Costa, por sua vez, destacou os embates internacionais que o governo Bolsonaro teve com países como China, França e Argentina e, mais recentemente, com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A OMS sofre ataque sistemático do governo brasileiro. Questionando a qualificação de seus membros e suas orientações”, afirmou. “Nos causa inveja que outras nações do mundo, seus líderes estão buscando unir o país para enfrentar uma crise global”, completou Costa.

Com informações do Portal UOL

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