sexta-feira, 1 de maio de 2020

Jowberht Alves: 01 de maio, dia do trabalhador, em tempos de pandemia.


Gostaria de saudar todos os trabalhadores e trabalhadoras do nosso estado e do nosso país em especial aos da saúde.
Hoje, o momento não nos remete a uma comemoração, mas sim a muitas reflexões que devem partir dos princípios: da consciência de classe, dos direitos trabalhista, que nos últimos 03 anos tem sido atacado ferozmente pelo grande capital do fortalecimento do Estado democrático, que as categorias dos trabalhadores e trabalhadoras tenham participação e representação nas decisões políticas, que o capital deixe de se sobrepor ao trabalho, visto que, a sustentabilidade do capitalismo não é o capital, mas sim nós TRABALHADORES.
Em qualquer país, não esta sendo fácil implementar medidas que sejam simples, mas qualquer que sejas as medias todas elas passam por decisões políticas, democráticas e participativas dessa forma a participação dos trabalhadores organizados se torna fundamental, mas que nunca para que se tenha o alcance desejado.
Não podemos deixar de lembrar que estamos em um país que, mesmo antes da pandemia, já padecia de um alto nível de desempregados, com cerca de 50 milhões de trabalhadores na informalidade desprovida de qualquer contrato de trabalho e mais uma outra boa parte em que trabalhadores com contratos em condições precárias, devido tais “reformas” dos últimos 03 anos. Dessa forma devemos ter a clareza que, as medidas durante pós pandemia a serem tomadas serão muito mais difíceis no Brasil do que em países que gozam de um ambiente assegurado pelos direitos trabalhistas.
Mas, nossas esperanças se renovam a cada momento de crise, e esta não será diferente. Sabemos que o capitalismo está doente e fragilizado, mas também sabemos que tem grande capacidade de recuperação. Trabalhadores deveremos usar este momento para nos unirmos, fortalecermos os sindicatos, lutar por nossa emancipação. E não aceitar nada a menos que um novo modo de vida em que todos tenham direitos, que as diferenças sejam respeitadas em sua plenitude, que o coletivo supere o individualismo e que o trabalho faça sentido dentro da vida, e não que a vida perca seu sentido dentro do trabalho.
Jowberth Alves
Sociólogo
Sec. do Trabalho e Economia Solidaria- Ma.

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