quarta-feira, 8 de julho de 2020

Governo diz que crédito para empresas 'decolou', mas senadores criticam demora



Os senadores Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Carlos Fávaro (PSD-MT) consideram positivo que o Pronampe tenha melhorado seu desempenho nos últimos dias, mas também citaram números oficiais reclamando que as políticas como um todo ainda estão longe de apresentarem bons resultados. Mostrando dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Eliziane demonstrou que mais de 60% dos recursos disponibilizados pelo governo ainda não chegaram na ponta. E Fávaro apontou que as micros e pequenas empresas de seu estado vivem um quadro dramático.
— 31% das micro e pequenas empresas no Mato Grosso hoje estão fechadas. 29,5% destas empresas já demitiram funcionários. E 44% deste segmento buscou crédito em instituições financeiras, mas 64% delas foram ignoradas — revelou. 
Discordâncias 

A senadora Katia Abreu (PP-TO) discordou que o resultado do Pronampe esteja sendo "extraordinário", assim como de outras políticas de crédito. Citando dados oficiais, ela pede que tanto o governo quanto o Parlamento repensem o que vem sendo feito até agora. 
— No Brasil há 7 milhões de micro e pequenas empresas, e nesta conta eu excluo os MEIs [microempreendedores individuais]. O Pronampe só chegou até agora a 18 mil empresas, ou seja, 0,25% do segmento. Por mais que a liberação recente de R$ 3 bilhões seja importante, penso que o Pronampe ainda está longe de ser um sucesso. O Pese [Programa Emergencial de Suporte a Empregos] só conseguiu emprestar para a folha de pagamento de 6,8% das empresas. No Brasil há 32 milhões de trabalhadores formais, e o Pese só chegou a 2 milhões, apenas 6,25% desses trabalhadores — reclamou

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