quarta-feira, 1 de julho de 2020

Maranhão é o estado do Nordeste que menos perdeu empregos na crise do Coronavírus



O Maranhão é o estado nordestino que teve a menor perda de empregos com carteira assinada durante a pandemia do coronavírus. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Governo Federal.

Todos os estados do Nordeste apresentaram resultado negativo na oferta acumulada de empregos, de janeiro a maio. Os estados que mais desmobilizaram mão de obra formal foram Pernambuco (-63,6 mil), Bahia (-56,2 mil) e Ceará (-37,4 mil).

Todas as regiões brasileiras apresentaram redução de postos de trabalho formal em maio de 2020 ou no acumulado do ano. O Brasil inteiro perdeu 331 mil vagas formais apenas em maio. Entre março e maio, período inteiramente afetado pela pandemia, o país fechou 1,5 milhão de postos com carteira assinada.

O Maranhão teve perda de 1.238 empregos formais em maio e 5.383 no acumulado do ano. Foi a menor queda em todo o Nordeste, que perdeu 50.272 vagas em maio e 248.635 no acumulado do ano. Ou seja, em maio, a cada 40 vagas fechadas no Nordeste, uma foi no Maranhão. No acumulado do ano, a cada 46 empregos perdidos na região, um foi no Maranhão.

O mercado de trabalho formal apresentou queda no emprego de carteira assinada nos meses de março, abril e maio de 2020, período particularmente afetado pelo distanciamento social e restrição às atividades econômicas, em razão da crise sanitária causada pela COVID-19.

Setores impactados

Em maio, ponto alto na curva da pandemia nas principais cidades que movimentam o mercado de trabalho no estado, a geração de emprego caiu principalmente nos setores do comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,6 mil). Seguido pela Indústria Geral, com o fechamento de 493 vagas.

O grupamento agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura houve a queda de 237 postos. No setor da construção a perda foi de 192 vagas. Por outro lado, ressalta-se a abertura de 1,2 mil postos no campo de serviços, sobretudo nas atividades de saúde humana e serviços sociais (+2,1 mil). Conforme detalha o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).

Até o primeiro bimestre deste ano, o comportamento do mercado de trabalho formal do Maranhão vinha melhorando seu desempenho; o saldo de empregos formais havia sido positivo em 2.433 e 358 vínculos, respectivamente. Observando o ano passado – janeiro (-1.482 vínculos) e de fevereiro (-888), comprova-se que o quadro se altera drasticamente no período da crise sanitária iniciada em março deste ano

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