quarta-feira, 29 de julho de 2020

Maranhão mantém queda constante de óbitos por Covid-19


Fiscalização ajuda a conter disseminação da doença no Maranhão 
O Maranhão continua há, pelo menos, oito semanas com queda constante de casos e óbitos por Covid-19. O Maranhão está entre os poucos estados que mantém essa estabilidade no controle da epidemia.
O Maranhão continua há, pelo menos, oito semanas com queda constante de casos e óbitos por Covid-19. Segundo levantamento diário do G1, o estado oscila entre a estabilidade em 0% e a queda com mais de 15%. O Maranhão está entre os poucos estados que mantém essa estabilidade no controle da epidemia.

Os casos ativos continuam caindo, e o número de pessoas recuperadas segue em alta. De acordo com o boletim da Secretaria de Estado da Saúde, são cerca de 9 mil casos ativos (que ainda estão com a doença) e cerca de 104 mil recuperados. O total de óbitos desde o início da pandemia no estado é de 2.959, enquanto 115.988 maranhenses foram contaminados pelo novo coronavírus.Apesar de fatores que poderiam causar aumento de casos, os números continuam caindo.Gráfico de mortes é explicito na queda sistemática de mortes há, pelo menos, oito semanasGráficos do consórcio da imprensa confirmam a tendência de queda no Maranhão

Além dos casos ativos x recuperados, outros fatores estão sendo levados em conta nessa análise do Governo sobre a situação de controle da pandemia. Entre eles, os dados sobre internação e a consulta feita pelo Governo do Maranhão aos prefeitos. 


Embora o governador Flávio Dino (PCdoB) tenha previsto um possível aumento de casos nas semanas seguintes, o prognóstico cauteloso não se confirmou. Ele acreditava em três fatores para esse possível aumento que não se confirmou. O primeiro seria a previsão de aumento de testes em todo o Maranhão. O segundo seria o aumento de casos em outros Estados, o que impacta todo o país, já que existe circulação de pessoas e de cargas. O terceiro seria a reabertura gradual das atividades comerciais, que cumpre um importante papel econômico e social, mas também aumenta a circulação de pessoas. 
A média de mortes por dia caiu gradualmente de 1o. de junho para cá, de 40 para seis, como mostra a tabela abaixo.
Média de óbitos por dia Semana epidemiológica
40 1 a 6 jun
30 7 a 25 jun
25 14 a 26 jun
18,42 21 a 27 jun
12,5 28 jun a 4 jul
11 5 a 17 jul
7,5 12 a 18 jul
6 19 a 25 jul

Registros

Flávio Dino acresceu que, neste instante, o que define o rumo da batalha contra o coronavírus são dois aspectos principais: as medidas assistenciais e as sanitárias. 


“Hoje temos uma oferta segura de leitos”, disse. Em todas as regiões, há leitos livres de UTI e enfermaria para coronavírus nos hospitais da rede estadual.


Em relação ao cumprimento das medidas sanitárias, o governador chamou atenção para a importância da colaboração de todos: “As regras sanitárias competem ao governo editar, mas o zelo compete a todos nós”.

Além disso, o projeto Covid-19 Analytics, da PUC-Rio e da FGV, mostra que a taxa de contágio no Maranhão está em 0,83, a terceira menor em todo o país. 


Quando a taxa é superior a 1, cada contaminado transmite a doença para mais de uma pessoa, logo o vírus ainda avança. Quando é abaixo de 1, a tendência é que os novos casos comecem a cair. Afinal, uma pessoa passa a contaminar cada vez menos outras pessoas.

Mais empregos

Outra boa notícia para o Maranhão, é que ele foi o Estado do Nordeste que mais criou vagas de emprego com carteira assinada no mês de junho. Além disso, teve o quarto melhor desempenho levando em conta todo o Brasil.


Os dados são do Governo Federal, que mensalmente divulga o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em junho, o Maranhão gerou 3.907 empregos formais, o melhor desempenho de todo o Nordeste.

No Brasil inteiro, apenas três Estados criaram mais postos de trabalho com carteira do que o Maranhão: Goiás, Pará e Mato Grosso.

O resultado positivo do Maranhão se destaca frente ao saldo negativo do país como um todo. Em junho, foram perdidos 10.984 empregos.


“Maranhão foi o Estado do Nordeste com melhor desempenho quanto à geração de empregos formais no mês de junho de 2020, conforme dados do Governo Federal. Isso equivale ao 4º melhor desempenho do Brasil”, disse o governador Flávio Dino.

No mês passado, o Maranhão já havia sido um dos Estados menos afetados pela pandemia na geração de empregos.
Consulta e aulas adiadas

“Realizamos uma consulta com estudantes e pais da 3ª série do Ensino Médio e constatamos que ainda há muita dúvida e insegurança sobre a retomada das aulas presenciais no dia 10 de agosto. Sendo assim, vamos continuar com as aulas não presenciais e possibilitar mais tempo para que as comunidades escolares debatam. Vamos continuar o processo de consulta aos estudantes e às suas famílias, assim como as reuniões com o Sinproesemma”, disse o secretário da Educação, Felipe Camarão. 


Nesta terça-feira (28), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) oficializou o adiamento da retomada das aulas presenciais para estudantes da 3ª série do Ensino Médio, matriculados nas escolas da rede pública estadual do Maranhão. 

A decisão foi tomada após a 1ª fase de consulta, realizada com pais e estudantes da 3ª série do Ensino Médio da rede estadual, onde foi constatada insegurança por parte dos mesmos no processo de retomada das aulas presenciais. 

Nessa primeira fase de consulta, a maioria dos pais e responsáveis relataram que não se sentem seguros com o retorno das aulas presenciais: 58% dos pais preferem que as aulas presenciais não sejam retomadas, enquanto 42% dos responsáveis acreditam que elas devem voltar. Entre os estudantes da 3ª série do Ensino Médio da rede pública estadual, 57% dos alunos disseram que as aulas devem retornar, enquanto 43% não se sentem seguros com o retorno das aulas. 

“Até que tenhamos tudo definido, continuaremos com as atividades remotas, que foram realizadas em toda rede desde que paralisamos as aulas nas escolas, no início da pandemia do coronavírus. Posteriormente, vamos definir nova data para a retomada da 3ª série do Ensino Médio, bem como aos demais níveis de ensino da rede pública estadual”, reforçou o secretário de educação. 
A respeito das aulas nas redes de ensino privada e municipal, a diretriz permanece a mesma: as prefeituras devem decidir sobre o retorno das aulas presenciais dos municípios, enquanto na rede particular, a decisão deve ser tomada entre pais, alunos, professores e diretores. 

“Temos sugerido que as famílias dos estudantes das redes privadas e municipais procurem os respectivos gestores. Neste momento, não há razões sanitárias para que o estado intervenha em redes privadas ou municipais. Se houver, poderá ter intervenção posteriormente”, pontuou o secretário.

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