sexta-feira, 7 de maio de 2021

NOVA ARMA PARA TRATAR PACIENTES DA COVID-19 CHEGA AO HOSPITAL SÃO LUÍS (HSLZ)


Treinamento de fisioterapeutas do HSLZ com o dispositivo denominado ELMO, capacete para uso do CPAP, que pode ajudar a diminuir casos de intubação em pacientes com COVID-19.
INTERFACE DESENVOVIDA NO CEARÁ APRESENTA SUCESSO NO TRATO RESPIRATÓRIO

O Hospital São Luís / HSLZ, mais conhecido como Hospital dos Servidores, acaba de ganhar um importante aliado na luta contra a COVID-19, e promete revolucionar o tratamento dos pacientes que apresentam algum tipo de insuficiência respiratória ou a chamada SARA / Síndrome da Angústia Respiratória Aguda.

Vale lembrar que, nos casos mais graves da doença e em que há a necessidade de suporte ventilatório, a taxa de óbito é alta, e pode vir a alcançar até 80% dos pacientes intubados em uso de ventilação mecânica invasiva. Portanto, tudo o que puder ser usado para evitar que o paciente chegue a esse nível é sempre bem – vindo e urgente.

Uma das terapias disponíveis para evitar a intubação orotraqueal do paciente e suas complicações é o uso da ventilação não invasiva (CPAP). Porém, o uso da mesma com as interfaces tradicionais eleva o risco de contaminação devido a dispersão no ar de partículas de respiração do paciente; além da baixa tolerância ao uso dessa técnica por conta do grande desconforto que causa.

Mas eis que foi desenvolvido no Estado do Ceará uma nova interface, do tipo capacete e denominada de ELMO, para a aplicação de CPAP por meio da oferta de fluxo de mistura de gases de oxigênio e ar comprimido com menor risco de dispersão viral durante a sua utilização; sem necessitar de ventilador mecânico e nem de energia elétrica; e com potencial de prevenir em até 50% a necessidade de intubações em pacientes com insuficiência respiratória aguda (IRpA) hipoxêmica moderada a grave.

A Coordenadora de Fisioterapia do HSLZ Patrícia Ferreira atesta as vantagens do uso do capacete ELMO com pacientes de COVID19 internados no HSLZ.

O dispositivo ELMO é um sistema de capacete com suporte não invasivo que já foi liberado para uso em âmbito nacional pela ANVISA para os seguintes casos: Paciente adulto com idade à partir de 18 anos com diagnóstico suspeito ou confirmado de Covid19, e aqueles com necessidade de oxigenoterapia para manter a saturação entre 92% a 96% entre outras conformidades. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente pelas equipes de médicos e fisioterapeutas para definir se o paciente pode ou não fazer uso desse equipamento.

Esse dispositivo representa esperança para os médicos e fisioterapeutas do HSLZ, que já foram treinados para usar corretamente o ELMO e agora esperam reduzir os casos de intubação com esse novo protocolo que entrou em uso no HSLZ nesse mês de abril.

“Estamos sempre em busca do que há de melhor em ternos de recursos e equipamentos para oferecer um tratamento cada vez melhor aos servidores atendidos pelo HSLZ. E com os pacientes de COVID19 não poderia ser diferente. A chegada do ELMO é fruto dessa gestão empenhada em dar o melhor suporte a quem busca o nosso hospital”, declarou Plínio Valério Tuzzolo, Diretor Geral do H
Entre as vantagens apresentadas estão: Diminuição da falta de ar (dispneia) e sensação de maior conforto ao respirar; diminuição do uso da musculatura acessória da respiração; redução das frequências respiratória e cardíaca; redução do grau de incursão respiratória além da melhora na oxigenação. O equipamento oferece mais conforto, pode ser tolerado pelo paciente por períodos mais longos, além da capacidade de conciliar o sono com o uso do mesmo.

“É importante ressaltar que essa é uma terapia preventiva, que deve ser usada com o objetivo de evitar que o quadro do paciente evolua negativamente, e serve para evitar a intubação orotraqueal e uso de ventilação mecânica. Estamos tendo resultados muito bons, tanto na enfermaria, como na UTI, no tratamento de pacientes com Covid19. Já conseguimos reverter quadros de falta de ar (dispnéia) de pacientes na enfermaria com o uso do ELMO, evitando que o quadro se agravasse e precisasse ir para a UTI”, explica a fisioterapeuta Patrícia Rodrigues Ferreira, Coord. de Fisioterapia do HSLZ.

 

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