quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Estado de greve dos Rodoviários preocupa SET, que não entende posição distante e omissa do Município, o qual não responde a nenhum ofício


A decisão do Sindicato dos Rodoviários (Sttrema) de entrar em estado de greve na capital maranhense, a partir desta quarta-feira, dia 02 de fevereiro, traz ainda mais insegurança para a população e para as empresas que operam o sistema, já tão desgastado e fragilizado com a última greve geral, realizada em outubro passado; com os prejuízos trazidos pela Pandemia; e com os sucessivos aumentos no preço dos combustíveis nos últimos dois anos.

Soma-se a isso o fato de que também, há dois anos, não há reajuste da tarifa pública de remuneração das empresas pelo serviço de transporte que prestam à população - por sinal, a tarifa mais baixa entre todas as capitais do Brasil (R$ 3,70). O prejuízo mensal que as concessionárias deste serviço público amargam é de mais de seis milhões de reais (R$ 6 mi), entre 2020 e 2021.
Reunião no SET, dia 27/01, com Rodoviários, MOB e relator da CPI dos Transportes, vereador Álvaro Pires

Enquanto as capitais brasileiras avançam nas discussões e soluções dos problemas por que passam o seu sistema de transporte, a omissão do Município de São Luís preocupa o SET - Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros. O mesmo não responde a nenhum ofício ou convocação para as reuniões entre SET e Rodoviários.

Vale lembrar, nesse contexto, que Brasília e São Paulo (capital) resolveram subsidiar parte do sistema porque o mesmo já não se sustentava sozinho, e também para não jogar a conta somente no bolso dos passageiros pagantes. Mais recentemente as prefeituras de Goiânia e de Fortaleza fizeram o mesmo. Recife caminha para a mesma solução. Em Belo Horizonte as tarifas dos ônibus coletivos metropolitanos ficaram mais caras desde 31 de janeiro. O aumento foi de 13%. A tarifa mais usada passou de R$ 5,85 para R$ 6,60.

Para a diretoria do SET, essa situação só tende a se agravar ainda mais, com um sistema a ponto de entrar em colapso: “Além das empresas, que há anos acumulam prejuízos, estamos preocupados com o que pode acontecer, pois uma nova paralisação trará ainda mais desgaste e prejuízos para a população e todo o comércio de São Luís”.

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