Vânia do MST, como é conhecida popularmente, na luta pela reforma agrária, onde defende a "terra para quem nela trabalha" nasceu em Canafístula no interior da Paraíba na década
de 1970, oriunda de uma família de trabalhadores rurais, desde à infância já sentia o peso do latifúndio canavieiro da região, que esmagava as comunidades rurais com suas cercas.
Aos nove anos, lê cordel para homens e mulheres analfabetos, que só
tinham o fardo do trabalho canavial, sem arte, sem direito, sem pão, sem chão e aos treze anos, escreve cartas carregadas de saudades e novidades a
pedido dos camponeses e camponesas para enviar aos seus parentes
distantes, que foram “ganhar a vida” em São Paulo e no Rio de Janeiro. No auge da sua juventude na Paraíba, embalada pelos discursos de Margarida Alves a vida começa a traçar seu destino, atuante dentro da Igreja Católica participou de grupos juvenis e aos 16 anos iniciou sua militância no Partido dos Trabalhadores - PT.
Com 17 anos, em 1987, conhece o Movimento de Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST), depois de contribuir com a fundação do movimento em vários estados do nordeste, chega em terras maranhenses. Nos últimos 30 anos no estado maranhense, Vânia do MST, participou das principais lutas pela reforma agrária e pelo acesso à terra aos camponeses pobres.
Atualmente morando na região tocantina, em Imperatriz, é
uma educadora popular, pedagoga, contribuindo na formação da
juventude no campo e na periferia, no debate de gênero e racial. Filiada ao PT desde os 18 anos, hoje se apresenta como pré-candidata a Deputada Federal pelo Partido dos Trabalhadores do Estado do Maranhão, sempre combatente, ela tem se posicionado na defesa dos territórios das quebradeiras de coco, quilombolas, indígenas, ribeirinhos, sem terra e contra o racismo, machismo e a homofobia.
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